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Dário volta ao MDB, só para conversar

Sem ter definido o futuro oficialmente, embora tenha admitido ao presidente do PT e pré-candidato da Frente Democrática Décio Lima (PT) que aceitaria disputar a reeleição ao Senado, Dário Berger (PSB) fez uma inusitada visita ao presidente estadual em exercício do antigo endereço partidário, o ex-deputado Edinho Bez, do MDB.
Foi Bez quem convidou Dário sob o pretexto de ouvir muitos protagonistas desta eleição geral, mas o senador tem o histórico de ter deixado as hostes emedebistas recentemente, em março, justamente porque não teve respaldo para concorrer ao governo e após desistir de uma prévia que nunca ocorreu.

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Em um curto espaço de tempo, Dário não emplacou também como pré-candidato ao governo pela Frente Democrática e só realizará o intento se o PSB tiver candidatura própria no Estado, fato que nem mesmo a cúpula nacional do vice de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin, defende.

No mínimo, o senador deu a entender que, se era para concorrer à reeleição, era melhor não ter desistido do embate interno com os emedebistas, e a conversa de agora aponta para muitos lados, inclusive um encontro de interesses no futuro nem tão distante, talvez no segundo turno.

Merisio de bem com a frente
Décio Lima confirmou que o nome do ex-deputado Gelson Merisio (Solidariedade) ainda figura como pré-candidato a vice-governador dele na chapa majoritária da Frente de centro-esquerda.
Perguntado sobre como a militância reagia ao pacote Merisio/Dário nas costuras, Décio declarou, em entrevista à Rádio Cidade em Dia, de Criciúma, nesta terça (19), que é necessário virar a chave e não fazer política com um olhar no retrovisor, nada de olhar para trás.
Merisio estará na composição caso o PDT, de Jorge Boeira, seja contemplado com o Senado e Dário saia do páreo, porém há quem assegure que, deum jeito ou de outro, o ex-presidente da Assembleia emplaca.

Cheiro de campanha
A prefeitura de Chapecó desistiu de sediar os Joguinhos Abertos e o prefeito João Rodrigues (PSD) partiu para o ataque e disse que o governador Carlos Moisés (Republicanos) fez retaliação política ao banir o município da competição, de não ter repassado R$ 1 milhão para o evento – a Fesporte só se comprometeu com R$ 250 mil para abertura – e as escolas estaduais não poderiam ser liberadas para alojar os atletas.
No viés político, João, que foi um dos articuladores pela aliança com Gean Loureiro (União Brasil), tenta potencializar a questão, caso que não se sustenta porque todas as proibições constam do regulamento da competição, tanto que, antes de ser anunciada Blumenau para sediar o evento, de 15 a 25 de setembro, o prefeito de Chapecó havia demitido o secretário da Juventude, Esporte e Lazer Mauro Johan, responsabilizado por desconhecer as punições previstas com a desistência, mesmo que a prefeitura do Oeste pretenda ir à Justiça para evitar um prejuízo maior.

O negacionismo de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro foi eleito seis vezes pela urna eletrônica do Tribunal Superior Eleitoral e insiste na tese de que há fraude no processo, que também elegeu os filhos Flávio, Carlos e Eduardo mais de uma vez.
No encontro com embaixadores, de onde muitos deles saíram com a convicção de que Bolsonaro repete o discurso do ex-presidente norte-americano Donald Trump, de investir contra o sistema para não reconhecer os resultados, o presidente brasileiro repetiu a série de denúncias que já fez sem provas efetivas, justamente para agradar grande parcela de seu eleitorado.
Está na hora de Bolsonaro se preocupar em angariar outros votos, porque de quem possui a mesma visão equivocada sobre o processo eleitoral ele já os possui.

Mesmo discurso de Brizola
Ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, o gaúcho Leonel Brizola morreu em 2004 afirmando que as urnas eletrônicas eram fraudulentas, que serviam aos interesses dos poderosos, embora Lula tenha sido eleito pouco menos de dois anos antes presidente.
Brizola era socialista, de esquerda portanto, e, a exemplo de muita gente do PDT e do PT, sempre repetiu a ladainha de que tudo era suspeito, mesmos argumentos de Bolsonaro.

O papel seria um retrocesso
Quem acompanhou as eleições antes da votação, totalização e apuração eletrônica sabe o que era fraude de fato, com milhares de cédulas encontradas no lixo.
Hoje, o que muitos defendem com a proclamada auditoria do voto impresso é um instrumento para que as pessoas possam mostrar para um terceiro como votaram, uma maneira atualizada de garantir a reedição 3.0 do voto de cabresto.

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