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Dário se cansou do MDB

Contrariedade à realização de prévias para escolher o candidato a governador e mudança de rumo já eram motivos para o descontentamento do senador.
O caminho da filiação no PSB escolhido por Dário Berger é mais do que um desfecho no desgaste acumulado na relação entre o senador e ex-prefeito de Florianópolis.

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Dário não queria as prévias antecipadas para definir o candidato ao governo, cobrava respeito à biografia dele, principalmente sobre as vitórias políticas, o que o colocava à frente dos outros dois postulantes, o deputado federal Celso Maldaner, presidente da sigla, e o prefeito Antídio Lunelli, de Jaraguá do Sul.
Deu no que deu, e a entrada no PSB, com direito à foto, na sede em Brasília, com o presidente nacional Carlos Siqueira, o ex-governador Márcio França, de São Paulo; e o ex-deputado Cláudio Vignatti, presidente estadual da legenda, foi o resultado do que muitos esperavam: Dário buscou um caminho para ser candidato ao governo.
O senador segue uma tendência de neoapoiadores do petista Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, como o ex-governador e presidenciável Geraldo Alckmin, esperado de braços abertos entre os socialistas.

Alinhados
Para Dário (então no MDB) e o irmão Djalma (então no PSB), ex-deputado e prefeito de São José, estar ao lado de Lula não é novidade alguma, tanto que, da relação política, até cargo de secretária de Ação Social na administração josefense foi assegurado à filha do ex-presidente, Lurian.
Dário costumava fazer uma comparação de que havia uma regra de mudança mundial com pessoas que batalharam para chegar ao poder quando ele estava na prefeitura de Florianópolis, Lula no Planalto e Barack Obama na presidência dos EUA, comparação que rende controvérsias até hoje.
Detalhe: Djalma Berger presidiu o PSB em Santa Catarina, uma espécie de partido-satélite dos Berger, em 2008.

Característica
Dário não esquenta muito em partido, com a filiação no PSB estará na sétima sigla, se considerar que, antes de ser vereador pelo PL, em São José, foi filiado ao PTB.
Os demais foram: PDS (1980-1987), PL (1987-1991); PFL (1991-2003); PSDB (2003-2007) e MDB (2007-2022).
MDB aguarda
O presidente estadual do MDB, o deputado federal Celso Maldaner, disse que o partido aguarda a desfiliação de Dário, que não foi assinada, já que o senador quer um prazo para se decidir até o dia 10 do mês que vem.
Caso se confirme a decisão da saída, Celso confirma que estará cancelada a prévia da sigla, marcada para o dia 19 de fevereiro, e que o prefeito Antídio Lunelli será o candidato emedebista ao governo.
Perguntado sobre o futuro, Celso declarou que ser governador, vice e senador, tudo que tem direito, mas que o momento exige a prioridade para o MDB e não para projetos pessoais, além de elogiar Antídio, que, segundo o presidente, não tem marcas políticas e desgastes “como eu e o Dário”.

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