Cursinho é denunciado ao MPF por comparar Lula a Hitler e Mussolini
Além da denúncia apresentada à promotoria, que aponta crimes de calúnia e difamação, o cursinho também foi notificado pelo Procon de Criciúma
Um cursinho preparatório de Criciúma foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) após comparar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Hitler, líder do Partido Nazista, e Benito Mussolini, fundador do fascismo italiano, em um texto de apostila. Além disso, o caso foi levado ao Ministério da Justiça.
Além da denúncia apresentada à promotoria, que aponta crimes de calúnia e difamação, o cursinho também foi notificado pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Criciúma (Procon), da cidade.
O material “traz nas páginas de Conhecimentos Gerais um ataque virulento com fake news contra autoridades da República”, informa o Procon. Ainda conforme o órgão, também ataca “integrantes do STF, questiona os resultados das eleições com urnas eletrônicas, e se refere à ex-presidenta Dilma Roussef como ‘búlgara insignificante’”.
A apostila foi elaborada e vendida para candidatos à vaga de professor de Artes na prefeitura de Garopaba. Após a notificação por telefone, o proprietário do cursinho tem dez dias para prestar esclarecimentos sobre a denúncia.
Em nota, a empresa afirmou que não concorda com qualquer ataque a honra de agentes públicos, entidades ou demais setores e disse que está à disposição para esclarecimentos. “Em mais de oito anos no mercado e milhares de apostilas comercializadas, a Domina Concursos sempre prezou pelo respeito de todas as pessoas e entidades citadas em seus materiais”, destacou.
Vereadores protocolam denúncia
O caso chegou até as autoridades após o vereador Jean Ricardo (PSB) e o presidente do PSOL de Florianópolis, Leonel Camasão, protocolarem uma denúncia contra a empresa no MPF e também no Ministério da Justiça. Na representação ao MPF, assinada pela advogada Eduarda Medeiros, a denúncia aponta crimes de calúnia e difamação, além de xenofobia, no caso das citações da ex-presidente Dilma.