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Covid-19: Fecam assinará parceria para a busca de vacina para municípios catarinenses

A Federação Catarinense de Municípios (Fecam) assinará o protocolo de intenções com o Instituto Butantan amanhã, 10, às 14 horas, em São Paulo. A parceria formaliza o interesse dos municípios catarinenses em adquirir a vacina Coronavac, do laboratório Sinovac, após a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  A Fecam acredita que a aplicação da vacina Coronavac deva acontecer ainda no primeiro semestre de 2021.

“Em cenário de incerteza sobre o Plano Nacional de Imunização, em meados de novembro nós agilizamos e tratamos de sinalizar que os municípios desejam o acesso a vacina”, destacou o presidente da Federação, Paulo Roberto Weiss.

Uma equipe técnica da Fecam, prefeitos e prefeitas catarinenses estarão no ato que será realizado em São Paulo. Aqui da região o presidente da Associação Carbonífera (Amrec) e prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin estará presente. A assinatura deverá ser formalizada entre as entidades, representada pelo presidente da Fecam e prefeito de Rodeio, Paulo Roberto Weiss e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas. Após a cerimônia, a comitiva irá conhecer o complexo de laboratórios do Instituto e, em seguida, visita ao Palácio dos Bandeirantes, à sala de ação e enfrentamento à Covid-19 no Estado de São Paulo.

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As negociações para a construção do protocolo foram intermediadas pelo secretário de Turismo do Estado de São Paulo, o catarinense Vinicius Lummertz. “Nós só temos a aplaudir a agilidade da Fecam para a obtenção da vacina por meio do Instituto Butantan, sem se deter, em momento algum, a questões que saiam do âmbito da ciência. Isto permitirá aos municípios uma opção a mais, com o intuito de salvar vidas e minimizar a letalidade da Covid-19”, destaca Lummertz.

Luta intensa contra o vĂ­rus

A Coronavac está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. A vacina está em sua fase III de desenvolvimento no país, que é a última etapa de estudo antes da obtenção do registro sanitário e a disponibilização para a população. Para o médico e diretor do Instituto Butantan destacou que a iniciativa dos municípios de Santa Catarina é muito positiva. “Esperamos que ela seja copiada por outros municípios, outros Estados do Brasil. Isso significa se preparar para, de fato, fazer planos para a vacinação, quando ela estiver disponível”, ressaltou.

Para combater a pandemia, informou o diretor do Butantan, Dimas Covas, é preciso uma cobertura vacinal de 80 a 85% da população para a chamada imunidade de rebanho. “O ano de 2021 será de luta intensa contra o vírus. Um ano que seremos desafiados, continuaremos com as medidas que temos hoje com uso de máscara, distanciamento social e medidas higiênicas. Distribuir essa vacina e fazer isso em tempo curto é um grande desafio e muito importante”, destaca Covas.

Facilidades da Coronavac

Para o consultor em Saúde da Fecam, médico especialista em saúde pública, Jailson Lima, a iniciativa catarinense “é muito simples e lógica”. Segundo ele, trata-se de uma vacina que é possível armazenar em refrigeração comum. “Com o menor custo por dose e logo deverá ser aprovada no Brasil”, destacou.

Prefeitos querem vacina  

A Fecam busca, por meio do protocolo, deixar formalizado que os prefeitos catarinenses desejam ter acesso à vacina, considerando que é a única forma de combater a pandemia. “Questões ideológicas não devem ser consideradas para essa ação. Precisamos nos basear na ciência e é ela que permitirá retornarmos a vida normal, sem Covid-19, sem doentes e sem mortes”, enfatizou o presidente da Fecam, Paulo Weiss.

Custo da vacina

O custo da vacina é outro diferencial. As duas doses previstas para imunização, segundo a consultoria da Fecam, custam em média R$ 60 (R$ 30 cada dose). “De todas que se anunciam próximo a uma aprovação pela Anvisa, é a mais barata e mais fácil de logística e armazenamento”, acrescenta o consultor da Fecam, Jailson Lima.

Grupos prioritários

Qualquer vacina hoje, mesmo que aprovada pela Anvisa, não deverá ser disponibilizada a toda a população. Caberá atender num primeiro momento grupos prioritários, de acordo com critérios a serem definidos em plano de imunização.

CaracterĂ­sticas da Coronavac

Segundo o diretor do Instituto Butantan, a vacina Coronavac poderá ser distribuída em todos os municípios brasileiros, independente das suas condições, sem complicações em relação a logística e conservação. A Coronavac é adaptada às condições brasileiras, pode ser transportada a temperatura de geladeira (de 2 a 8 graus), tem validade longa de três anos e pode ficar até 27 dias em temperatura ambiente (fora da geladeira) sem perder as suas características.

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