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Coronavírus: como saber definitivamente se tive contato?

O Brasil chegou a cinco meses dos primeiros registros de transmissão comunitária – quando o contágio ocorre em um local sem que seja possível identificar a origem da infecção – do coronavírus, porém muitas dúvidas ainda permanecem na cabeça das pessoas. Entre as principais questões que chegam a profissionais de saúde estão relacionadas ao diagnóstico. Como saber se eu fui contaminado? Qual o teste certo para eu fazer e ter certeza da resposta? Não existe uma resposta única para todas as pessoas, porque há exames e metodologias próprias para cada tempo de possível contaminação ou de manifestação dos sintomas.

A Organização Mundial de Saúde considera “definitivos de função diagnóstica” o RT-PCR e o exame de antígenos (informação reforçada em documento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)). Esses dois exames devem ser feitos logo nos primeiros dias depois do aparecimento de sinais típicos da Covid-19 (de 3 a 5 dias o RT-PCR e o exame de antígenos de 2 a 7 dias), orienta o diretor do Laboratório Búrigo, Renan Búrigo. “Esses dois métodos são confirmatórios para o paciente com sintomas saber se de fato ou não foi infectado pelo coronavírus. O teste de antígenos tem a vantagem de o resultado ser processado no mesmo dia da coleta da amostra. Já o RT-PCR, que identifica se há material genético do vírus no organismo, leva em média sete dias úteis para ficar pronto. Ambos têm grau de especificidade alto”, explica.

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Sempre convém lembrar de que o médico é o profissional mais habilitado para avaliação do paciente e orientar a investigação dos sintomas e se eles podem ser ou não indício de coronavírus, destaca Renan. “Quando se tem qualquer sintoma o médico deve ser procurado porque ele, ao analisar o histórico e os sintomas, vai sugerir os exames mais adequados para a investigação e o tratamento dessa e de qualquer doença”, enfatiza.

No caso das pessoas que tiveram contato com pessoas “positivadas” pelo Coronavírus e não desenvolveram nenhum sintoma, o ideal é esperar no mínimo uma semana e fazer os chamados “testes imunológicos”, conhecidos popularmente como “testes rápidos” (IgM e IgG). Como o próprio nome sugere, esse método busca identificar nas amostras se o sistema de defesa do organismo do paciente desenvolveu anticorpos para combater o “elemento estranho”, no caso o coronavírus.

Há ainda uma outra alternativa, indicada para 14 dias da possível infecção, o teste de quimioluminescência (IgG), que também é processado no mesmo dia e, diferente dos demais testes rápidos, a amostra recolhida é de sangue – os demais são realizados com swab de orofaringe e/ou nasofaringe (mucosa da região da garganta ou do nariz retirada com auxílio de uma haste com algodão).

“É necessário saber bem em qual fase da possível contaminação a pessoa está e, por isso, o acompanhamento médico é sempre imprescindível para aumentar as chances de encontrar as respostas certas no menor tempo possível e cada um fazer a sua parte para conter o avanço da pandemia na nossa região e no país”, frisa Renan.

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