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Coqueluche: dois casos confirmados em Criciúma

Neste sábado (26), 13 UBSs estarão abertas para reforço na vacinação

Dois casos de coqueluche foram confirmados em Criciúma, dentre nove suspeitos. A doença, conhecida como “tosse comprida” é uma infecção respiratória altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella Pertussis, que atinge as vias aéreas.

Os casos confirmados são de um bebê de 29 dias, que está internado no Hospital Materno Infantil Santa Catarina (Hmisc), e um outro de 3 meses, que também passou por internação na unidade, mas já foi liberado após o recebimento das vacinas.

O anúncio foi feito durante um encontro com a imprensa no Salão Ouro Negro, na tarde desta sexta-feira (25) em Criciúma.

Sintomas e gravidade

O principal sintoma da coqueluche é marcado pelas crises de tosse seca e contínua. Em casos graves, a tosse passa de leve pra intensa, podendo comprometer a respiração. A infecção pode ocorrer em qualquer idade, mas se manifesta com mais frequência e intensidade em crianças abaixo de um ano e mais letal em crianças abaixo de seis meses.

Imunização

A forma mais eficaz de prevenir a doença é por meio da vacina, que faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), disponível nas UBSs. O imunizante pentavalente (DTP/HB/Hib) é uma composição combinada que previne contra cinco doenças: difteria, tétano, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B.

De acordo com o secretário de Saúde de Criciúma, Deivid Freitas, a cobertura vacinal contra a coqueluche no município está em 73% para crianças menores de um ano e 68% para maiores de um ano de idade. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde (MS) é de 95% de cobertura. “O estado de Santa Catarina não tinha casos registrados de coqueluche há 10 anos. Agora, temos mais de 100 casos no Estado e duas mortes. Isso acontece devido à falta de vacinação e por isso vamos estender o atendimento das unidades de saúde para que as pessoas possam realizar a imunização”, destacou o secretário.

Gestantes entre a 20ª e 22ª semana de gestação também devem vacinar. Conforme o secretário, a meta para este público seria de 80%, mas é somente de 23% em Criciúma. “É importante que elas realizem a imunização. Também devemos conscientizar as mulheres que fazem o pré-Natal na rede privada, para que busquem a vacinação na rede pública. Por meio delas, acontece uma prevenção importante para os bebês, já que a doença pode ser letal antes dos seis meses de idade”, destaca Freitas.

Segundo a gerente de Vigilância em Saúde de Criciúma, Andréa Goulart, os confirmados, suspeitos e pessoas próximas deles devem passar por uma quimioprofilaxia, estratégia de prevenção de doenças infecciosas. Os contatos próximos são também isolados, e esse isolamento precisa ir até o final da quimiprofilaxia. Então, enquanto o paciente estiver tomando antibiótico, ele precisa ficar totalmente isolado, pois essa doença é altamente contagiosa, mais do que a Covid-19”, explicou a gerente.

Campanha no fim de semana

Criciúma tem 46 salas de vacina nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que atendem durante a semana. Dessas, 13 estarão abertas neste sábado (26), das 8h às 17h, para atualização do calendário vacinal. Estarão atendendo as unidades dos bairros Metropol, Rio Maina, Wossocris, Boa Vista, Pinheirinho, Santa Luzia, São Sebastião, São Defende, Quarta Linha, Centro, Próspera, Santa Bárbara e Mina do Mato. A vacina contra a coqueluche estará disponível para crianças, gestantes, trabalhadores da saúde, profissionais de creches, além de babás e domésticas. No entanto, as demais vacinas disponíveis também podem ser aplicadas.

Além disso, todos os sábados, a Sala de Vacinação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Dalbí José Sebastiana (antigo 24h do bairro Boa Vista) atende os criciumenses que desejam atualizar as imunizações, das 8h às 17h.

Confira o esquema vacinal para crianças:

  • Aos 2, 4 e 6 meses de idade, a vacina pentavalente, que protege contra coqueluche, difteria, tétano, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B;
  • Aos 15 meses, a vacina DTP, que reforça a proteção contra difteria, tétano e coqueluche;
  • Aos 4 anos, a vacina DTP, que reforça a proteção contra difteria, tétano e coqueluche.

Demais grupos que podem receber o imunizante (dTpa):

  • Gestantes, a partir da 20 semanas de gestação, com a vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa);
  • Profissionais de saúde, estagiários e parteiras tradicionais, considerando o histórico vacinal de difteria e tétano;
  • Trabalhadores da saúde que atuam em serviços públicos e privados, em ginecologia e obstetrícia, parto e pós-parto, UTI, UCI neonatal, berçários e pediatria;
  • Trabalhadores que atuam em escolas infantis, com atendimento de crianças até quatro anos de idade.
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