Visitamos o Parque Estadual de Caldas Novas, em Goiás e queremos contar um pouco deste parque, do bioma cerrado e o dia que vimos o extinto tamanduá bandeira.
Um dos pontos turísticos de Caldas Novas, o Parque Estadual da Serra de Caldas é indicado para quem quer curtir um turismo ecológico. O “Parque Estadual da Serra de Caldas Novas” (PESCAN) está localizado entre os municípios de Caldas Novas e Rio Quente, no Sudeste Goiano e distante somente 5 km do centro de Caldas Novas e a 174 km de Goiânia. Possui uma área de 123 km2 em formato elipse, sendo o topo constituído de um grande platô, as laterais com encostas que formam muralhas naturais, e o sopé da serra fazendo divisão com fazendas e loteamentos urbanos.
Esse é um dos pontos turísticos de Caldas Novas que está cercado de lindas paisagens naturais onde se desenvolve o turismo ecológico. O Parque Estadual da Serra de Caldas oferece trilhas pelo cerrado e belíssimas cachoeiras, além de conservar o manancial termal, e para quem gosta de estar próximo da natureza, pois além de cerrado preservado, nele é possível visitar um museu de animais empalhados.
Os visitantes podem optar também por fazer trilhas. Uma delas é a Trilha da Cascatinha, com pouco mais de 700 metros de extensão, percorridos em aproximadamente meia hora. O final do caminho reserva a beleza de um dos locais privilegiados do parque, a Cascatinha, que encanta os visitantes com sua queda d’água de quatro metros, formando uma piscina natural onde o banho é liberado apenas em determinadas épocas do ano. A segunda é a Trilha do Paredão, cujo caminho é um pouco mais longo e íngreme. com cerca de um quilômetro e muitos degraus, o turista demora mais de uma hora para chegar ao destino, uma cachoeira conhecida popularmente como paredão. A queda d’água de 6 metros forma um poço de águas cristalinas, onde é possível se refrescar após a caminhada.
Aberto de domingo a domingo, das 08 às 18 horas, não há cobrança para entrada, as trilhas são curtas e vale apenas entrar. Na nossa visita conseguimos ver um Tamanduá bandeira.
O tamanduá-bandeira está adaptado para viver em ambientes variados. Apesar de passar a maior parte do tempo no chão, ele tem habilidade para subir em árvores. Ele também pode caçar durante o dia ou a noite, dependendo da temperatura e da chuva.
O tamanduá-bandeira (nome científico: Myrmecophaga tridactyla) é um mamífero pertencente à ordem Pilosa, que inclui também as preguiças. Ele é encontrado em diversas áreas da América Central e América do Sul, incluindo países como Brasil, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Paraguai, entre outros.
O tamanduá-bandeira é conhecido por sua aparência distintiva, com um corpo grande e alongado, pelagem grossa e preta, com uma faixa branca que se estende ao longo de suas costas, dando-lhe o nome “bandeira”. Possui garras poderosas e adaptadas para escavar formigueiros e cupinzeiros, que são sua principal fonte de alimento. Seu focinho longo e tubular é usado para penetrar nos ninhos de insetos e sua língua pegajosa ajuda a lamber as presas.
Esse animal é solitário na maior parte do tempo e tem hábitos noturnos, sendo mais ativo durante a noite. Ele tem uma excelente audição e um olfato aguçado, o que ajuda na detecção de suas presas. Apesar de parecer desajeitado em terra, ele é um nadador habilidoso e pode se refugiar na água quando ameaçado.
O tamanduá-bandeira desempenha um papel importante no ecossistema como controlador de populações de insetos, especialmente formigas e cupins. Infelizmente, esses animais enfrentam ameaças como perda de habitat devido à destruição das florestas, atropelamentos em estradas e caça ilegal. Eles são listados como “Vulneráveis” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) devido à diminuição de sua população.
É sempre importante proteger e conservar essas espécies em seu ambiente natural para manter o equilíbrio dos ecossistemas.
A espécie é encontrada em campos limpos, cerrados e florestas. Apesar de ser mais comum em áreas de cerrado, usa ambientes de floresta para repouso e abrigo, durante as horas mais quentes do dia, e utiliza os campos limpos para se alimentar quando as temperaturas estão mais amenas.
A degradação e a redução dos habitats são apontadas como as principais causas da perda populacional da espécie, mas a caça, o atropelamento em estradas e os incêndios florestais também contribuem para colocar o tamanduá-bandeira na lista de espécies ameaçadas de extinção.
Ele mede cerca de 2,20 metros, pesa até 45kg, tem uma cauda grande e com pelos grossos e compridos e um focinho longo, usa suas garras dianteiras para escavar vários formigueiros e cupinzeiros ao longo do dia para capturar, com sua língua extensível, até 30 mil formigas e cupins.
O Cerrado Goiano se refere a uma região específica do cerrado, um bioma predominantemente savânico encontrado no Brasil. O Cerrado é o segundo maior bioma do país e é conhecido por sua diversidade de fauna, flora e ecossistemas únicos. O Cerrado Goiano, como o nome sugere, está localizado no estado de Goiás, que é uma das unidades federativas do Brasil.
O Cerrado Goiano apresenta características típicas do bioma, incluindo vegetação de gramíneas altas, arbustos, árvores tortuosas e uma grande variedade de plantas adaptadas às condições sazonais de chuva e seca do cerrado. A região é também conhecida por sua rica biodiversidade, abrigando diversas espécies de animais, aves, répteis e insetos.
Além disso, o Cerrado Goiano desempenha um papel importante na economia brasileira, sendo uma região agrícola produtiva. Cultivos como soja, milho, algodão e outros produtos agrícolas são cultivados nessa região, contribuindo significativamente para a produção nacional de alimentos e matérias-primas.
Assim como em outras partes do cerrado, o Cerrado Goiano também enfrenta desafios de conservação devido à expansão agrícola, urbanização e outros impactos humanos. A conscientização sobre a importância desse ecossistema, juntamente com práticas de manejo sustentável, é essencial para preservar a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos que o Cerrado Goiano oferece.
O Cerrado é um dos cinco grandes biomas do Brasil, cobrindo cerca de 25% do território nacional e perfazendo uma área entre 1,8 e 2 milhões de km2 nos Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso, oeste de Minas Gerais, Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão, oeste do Piauí e porções do Estado de São Paulo. Ainda há porções de cerrado em outros estados da federação (PR) ou em áreas disjuntas dentro de outros biomas (Floresta Amazônica). É a segunda maior formação vegetal do país, após a Floresta Amazônica, concentrando-se principalmente no Planalto Central Brasileiro.
Gostou? Também pode-se encontrar mais informações no Instagram do Sul em Trilhas com em contato com nossa condutora Jú: 48 9961-5061.
Convidamos para entrar no nosso grupo de trilhas: https://chat.whatsapp.com/IEdcL2bAzjTJsOTS51c2Nq
Venha conhecer as maravilhas da nossa região e fazer o sul em trilhas com a gente!
Referências
https://www.icmbio.gov.br/cbc/conservacao-da-biodiversidade/biodiversidade.html#:~:text=O%20Cerrado%20%C3%A9%20um%20dos,oeste%20do%20Piau%C3%AD%20e%20por%C3%A7%C3%B5es
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/biodiversidade/especie_do_mes/junho_tamandua_bandeira/