Nosso comportamento reafirma (ou não) o que a imagem visual pretende projetar. Estar impecavelmente vestido, mas ter atitudes grosseiras é uma baita contradição de imagem.
O corpo fala através dos gestos e olhares e, convenhamos, o corpo não mente.
Quando pensamos em imagem precisamos aliar ao aspecto visual, estético, o ponto comportamento. Porque é ele o responsável por consolidar uma percepção positiva do que é visto.
Ter uma presença pessoal marcante vai muito além da roupa, é a forma de interagir com o próximo, ou a gentileza direcionada a algum desconhecido (longe dos holofotes), como pensamos e o que decidimos verbalizar.
Falar com civilidade custa zero reais, está disponível e acessível a todo e qualquer momento, é produto inesgotável e pode nos salvar de provocar inúmeras situações desagradáveis.
Na política, a projeção da imagem vale ouro. Ser político é agir com civilidade, urbanidade e diplomacia.
Como projetar uma imagem positiva e ter um comportamento incoerente?
É neste ponto que as aparências não enganam. A falta de elegância, de educação, é prolixa. Ser grosseiro faz barulho e atinge em cheio a imagem do político.
Fabricar conexão não convence.
É fundamental ser autêntico. Ter um comportamento genuíno.
Mais fácil lapidar arestas do que forjar afinidades.
Atitudes forçadas desgastam a imagem e atingem a reputação.
É possível encontrar, dentro da autenticidade, a melhor forma de falar, interagir e tratar o outro. A história de que “sou assim e pronto”, pode não ser o melhor caminho se a busca é por uma carreira a longo prazo.
Nosso desenvolvimento passa, indubitavelmente, pelo progresso comportamental.
Comportamento autêntico garante conexões reais e apoio popular, especialmente naqueles momentos cruciais de uma carreira na vida pública.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em etiqueta e pós graduanda em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.