Talvez você não saiba, mas a origem da expressão popular “dar a mão à palmatória” vem de uma das punições de professores aos alunos como forma de discipliná-los quando cometiam erros, há séculos atrás. Essa expressão que significa, admitir um erro, confessar algo ou reconhecer que não tem razão, hoje em dia pouco se usa, já que o objeto que a inspirou está meio obsoleto.
Palmatória, até os anos 60, foi um instrumento de madeira ou couro muito comum usado nas escolas para castigar com golpes na palma da mão, o aluno indisciplinado que tivesse um mau comportamento, não fizessem a lição ou que tivesse dificuldades de aprendizagem.
Essa antiga metodologia utilizada por professores, consistia em esticar um dos braços com a palma da mão voltada para cima de modo que o professor pudesse bater nela utilizando a palmatória. Este antigo objeto de madeira formado por um cabo onde uma das extremidades é mais larga e geralmente arredondada, semelhante a uma “colher”, com cinco orifícios em cruz e, por esse motivo, também denominada de “menina de cinco olhos”.
Durante a época, era extremamente natural que alunos receberem punições após algum erro, assim como também era comum ser usado como instrumento de tortura por donos de escravos.
Eram aplicadas tão violentamente e repetidas vezes palmatórias no escravo infrator que provocavam bolhas, tornando o escravo inútil por algum tempo ou mesmo deixava as mãos deformadas. Esse castigo era considerado brando e era aplicado nos escravos domésticos pelas sinhás.
Os escravos de ganho que, no fim do dia, não chegasse com uma quantia que o seu senhor considerasse aceitável era submetido a uma sessão de palmatoadas para que confessasse a quantia exata que havia recebido durante o dia.
Ainda antes dessa prática, as palmatórias eram usadas nas igrejas como castiçais portáteis para iluminar o missal ou no momento de dar a comunhão.
A palavra palmatória, ao contrário do que muitos pensam, não é derivação de palma (da mão), mas sim, artefato resultante da madeira da árvore palmeira. Daí a expressão: “Dar a mão à palmatória”, ou seja, reconhecer os próprios erros.
Este instrumento, embora já não faça, obviamente, parte do processo educacional, faz parte da História do ensino e traduz uma época, em que eram permitidos castigos corporais aos alunos. Hoje, o Estatuto da Criança e do Adolescente protege as crianças brasileiras de tratamento desumano, violento e humilhante.
Você imaginava que essa expressão surgiu dessa prática? Espero que tenha gostado, e agradeço imensamente pela leitura até aqui, e semana que vem tem mais! Siga-me nas redes sociais:
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