Não é só entre os humanos que o inverno aumenta a incidência de algumas doenças. Acontece também com os cães, gatos e animais silvestres, como hamsters, porquinhos da índia e coelhos. Com o frio batendo à porta, portanto, importante estar ciente dos cuidados necessários para manter em dia a saúde dos nossos amigos. E a primeira regra é mantê-los protegidos das baixas temperaturas.
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Segundo a médica veterinária Débora Ávila, do Centro Veterinário Baschirotto, para os cãezinhos e gatinhos criados dentro de casa, bastam caminhas confortáveis, aquecidas por mantinhas de lã. Para cães de pelo curto, os dias mais frios podem pedir roupinhas, principalmente na hora de sair ao passeio. Segundo a médica veterinária, cães que vivem na área externa precisam de abrigo coberto protegido da chuva e do vento, onde as caminhas devem estar sempre secas e as cobertas reforçadas. Já os gatinhos que dormem na rua podem se aninhar em camas tipo toquinhas ou caixas de papelão forradas com mantas, sempre com um teto sobre suas cabeças.
Roedores são mais vulneráveis
Animas silvestres como hamsters, twisters e porquinhos da índia são extremamente sensíveis às baixas temperaturas e devem ter os cuidados redobrados no inverno. “Mesmo dentro de casa e não diretamente expostos a correntes de ar, os roedores precisam ser protegidos da oscilação de temperatura e da umidade”, explica o médico veterinário Saimon Souza, especialista em animais silvestres no Centro Veterinário Baschirotto. Para manter o ambiente constantemente aquecido, segundo ele, pode-se fazer uso de aquecedor, sendo importante também dispor de cobertas no habitat dos bichanos. “No inverno aumentam muito os casos de doenças do trato respiratório nos roedores, incluindo pneumonia”, explica o veterinário, que alerta os tutores a procurarem atendimento médico veterinário nos primeiros sintomas, como espirros, mesmo que esporádicos, e apatia. Segundo o médico veterinário, os mesmos cuidados valem para raças mais frágeis de coelhos, como os minicoelhos.
“Gripe” canina e felina
Cachorros e gatos também pegam gripe e, assim como na população humana, a incidência da doença aumenta no inverno. Segundo a médica veterinária Débora Ávila, a traqueobronquite infecciosa canina, ou gripe dos canis, pode ser prevenida com vacina específica, de reforço anual. Já a rinotraqueíte felina pode ser evitada, ou ter minimizado seus sintomas, com o esquema em dia da vacina polivalente. Os sintomas nas duas espécies também são parecidos com os humanos, incluindo espirros, secreção nasal e ocular, febre, prostração e falta de apetite. Nos cães a “gripe” também costuma causar tosse, muitas vezes confundida pelos tutores como engasgos. Segundo a médica veterinária, o contágio tanto da tosse dos canis quanto da rinotraqueíte felina se dá pelo contato direto de animais saudáveis com contaminados e também pelo ambiente, como bebedouros, comedouros e camas compartilhadas. Ainda semelhante ao que ocorre com os humanos, a “gripe” em cães e gatos tende a ser autolimitada (ou seja, ceder espontaneamente), porém pode evoluir para casos mais graves, levando, inclusive, à internação. Por isso, a importância da visita ao médico veterinário já nos primeiros sintomas. Caso tenha mais de um animal da mesma espécie em casa e um esteja com suspeita de “gripe”, importante separá-lo do resto da turma.
Abrigue um animal na rua
Cães e gatos em situação de rua podem ter atenuado o sofrimento nas noites frias com simples ações humanas. Uma boa ideia é disponibilizar uma casinha de madeira, ou mesmo feita com material improvisado, em frente a sua casa. Não esquecer de aquecer o cantinho com cobertores, que podem ser usados ou adquiridos a preços populares. Um potinho com água e ração e o conforto ao doguinho será completo. Quem quer aumentar o raio de ação pode reunir voluntários e confeccionar moradias em maior número para serem disponibilizadas em locais do bairro com maior fluxo de animais em situação de abandono. É a prática de cuidado com o animal comunitário. Uma boa ideia para aquecer corações no inverno que se aproxima!