“Comer de tudo, mas com moderação”, é a orientação de nutricionistas
Carla Regina Galego e Cinthia Monteiro da Silva, sugerem opções saudáveis e nutritivas
Para muitas pessoas a Páscoa é um momento de reunir a família, celebrar o calendário religioso cristão, degustar os pratos típicos da época e o tão apreciado chocolate. Mas para evitar excessos, sem renunciar aos alimentos que gosta e passar por essa data sem ganhar quilos extras na balança, as nutricionistas Carla Regina Galego e Cinthia Monteiro da Silva dão orientações de opções saudáveis e nutritivas. Um dos segredos segundo elas, é comer de tudo, mas com moderação.
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Chocolate: fonte de vitaminas e sais minerais
O chocolate é um dos alimentos que não podem faltar na Páscoa do brasileiro. Originado do cacau, ele é rico em carboidratos e gorduras, ou seja, nutrientes que garantem energia ao corpo. Se consumido em exagero, ele acaba sendo o vilão na dieta e ocasionar alguns quilos a mais na balança. Segundo a professora e nutricionista Carla Galego, as opções mais saudáveis e menos calóricas são as versões com 70% ou mais de cacau.
“Quando consumido em quantidade moderada, o chocolate fornece substâncias que proporcionam benefícios para a saúde. No entanto, é preciso optar pelas versões com maior teor de cacau para garantir o benefício das vitaminas, sais minerais e flavonoides. É um alimento rico em substâncias antioxidantes que retardam o envelhecimento, contribuem na prevenção de doenças cardiovasculares, por exemplo”, explica a professora Carla Galego.
De olho no rótulo
Uma outra orientação da professora Carla Galego, no consumo de chocolates, é ficar atento ao rótulo da embalagem na hora da compra. “Os produtos mais perigosos à saúde são aqueles que apresentam no rótulo maior teor de açúcar, conservantes, aromatizantes, emulsificantes e corantes. Já aqueles que apresentam o cacau em primeiro lugar, são chocolates de melhor qualidade e benefícios à saúde”, afirma a nutricionista.
O chocolate não deve ser consumido com descontrole e não precisa ser restringido da dieta. A professora Carla diz que o segredo é saboreá-lo com calma, “desfrutando dos sabores, aroma e textura. O fato de comer com mais consciência e atenção pode evitar os exageros e trazer mais harmonia para esses dias, exaltando o significado dessa data importante”, recomenda Carla Galego.
Peixe: fonte de ômega 3
Outro alimento que compõe o cardápio da Páscoa é o peixe, principalmente o bacalhau. A professora e nutricionista Cinthia Monteiro destaca que o alimento é a maior fonte de ômega 3, nutriente de ação anti-inflamatória e antioxidante. “Os peixes frescos, em geral, apresentam vitaminas do complexo B, A, D e E, minerais como cálcio, zinco, iodo e fósforo e possuem ácido graxo do tipo ômega 3, que possui efeito anti-inflamatório. Essas propriedades estão associadas à redução de doenças cardiovasculares,” explica a professora da UniSul.
Ainda segundo Cinthia Monteiro, o peixe auxilia no controle glicêmico, na pressão arterial, sendo uma boa opção para as pessoas com diabetes e hipertensão. A escolha recomendada para essas pessoas é de peixe com maior quantidade de nutrientes como sardinha, salmão, truta, linguado, atum ou namorado.
Conhecido por ser um alimento muito delicado, a nutricionista orienta aos consumidores de como escolher o peixe ideal. “No momento da compra do pescado dê preferência aos peixes frescos, tendo cuidado na observação das características do produto: como brilho dos olhos, a cor e o odor, a consistência que deve ser firme.” explica Cinthia Monteiro.
A hora do preparo também é um fator crucial e determinante nos nutrientes que serão ingeridos. As opções mais saudáveis são assadas ou grelhadas, optando sempre pela melhor gordura, como o azeite de oliva. “O azeite é uma fonte de gordura boa, que não eleva o colesterol LDL, ou seja, aquele que prejudica a saúde cardiovascular, e melhora o colesterol HDL que é benéfico a nossa saúde” ressalta a professora Carla Galego.
As especialistas, ainda salientam a importância da retomada alimentar, que deve ser feita de forma equilibrada incluindo refeições leves, com bastante fibras como vegetais e frutas, além de proteínas, como frango ou peixe.