Com mil livros em casa, araranguaense busca estimular a leitura
Com mil livros em casa, Sayonnara Martins de Carvalho está realizando doações para a APAE e Biblioteca Pública Municipal
Após herdar uma verdadeira biblioteca, a araranguaense Sayonnara Martins de Carvalho já realizou doações para a APAE e Biblioteca Municipal de Araranguá. Com mil livros em casa e com a vontade de compartilhar a leitura, ela já deu um novo destino para 300 livros.
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Inicialmente, Sayonnara vendeu e doou algumas obras através das redes sociais. Porém não ficou satisfeita com isso e decidiu fazer doações para a APAE. A primeira dela foi a séria “Beijada por um anjo”. Depois foi a vez da Biblioteca Pública do município.
‘Pensei que poderia alcançar um público maior ao doar para a Biblioteca Municipal. Afinal, quando eu era adolescente já peguei muitos empréstimos na mesma, e sei da dificuldade de adquirir títulos mais atuais. Daí em diante, vou encerrando algumas séries de livros e levando para a biblioteca. Acho que minha última doação foi a série Os Bridgertons – da Julia Quinn. A sensação é maravilhosa, parecida quando eu doava sangue”, destaca Sayonnara.
Paixão e livros herdados dos pais
A araranguanse relata que a paixão dela pelos livros iniciou com os pais. Seu Vanderlei, pai de Sayonnara, sempre ofereceu um ambiente enriquecido de conhecimento no convívio familiar.
”Ele comprava gibis na rodoviária, e eu os lia avidamente. Lembro da minha primeira leitura, Helena – de Machado de Assis. Meu pai, sempre lia o jornal antes de sair para o serviço, e havia uma seção que indicava livros, filmes e atrações, foi assim que eu descobri It – de Stephen King e Os Sete – de André Vianco”, declara.
Os livros concederam a Sayonnara, a liberdade para estar em outros lugares, viver aventuras, amores, muitas outras realidades e fantasias. Depois que seu pai faleceu, sua mãe continuou incentivando a busca por conhecimento e educação ainda mais.
”A biblioteca que herdamos só foi multiplicando, até o dia em que minha mãe me falou: “Seria bom se outras pessoas pudessem ter acesso aos nossos livros”. Precisei de maturidade para desapegar deles, que essas histórias fariam histórias para outras pessoas”, destaca.
Sayonnara ressalta saber que no Brasil não há muito incentivo para a leitura e há também a falsa percepção de que leitura é para pessoas cultas ou de classes mais altas.
”Quando na verdade, é para qualquer pessoa, de qualquer idade e em qualquer lugar. Basta encontrar algo interessante que gosta de ler, pois toda biblioteca é um lugar mágico, em que tudo é possível”, conclui.