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Coerência é essencial 

Um político precisa entender que sua imagem é a principal responsável por conectá-lo (ou não) ao seu público. É a imagem a primeira a ser percebida e a responsável por encantar seu eleitor e dizer que há afinidade entre eles. 

É a imagem que irá comunicar, de forma não verbal, algumas de suas características. 

Não se pode fugir do poder da aparência. Ela irá influenciar o julgamento do outro.

Somos mais do que mera aparência, porém, ela é sim parte de uma construção de imagem e opinião.

Como a nossa imagem será interpretada dependerá de fatores possíveis de serem controlados e daqueles que, por outro lado, estão além do nosso domínio, como: crenças pessoais, opiniões já sedimentadas, influências pessoais etc. O certo é, controle o que é possível.

E o que é possível controlar? Nossa imagem pessoal.

Escolhas diárias adequadas podem fortalecer o que se pretende dizer através do discurso, da conversa e dos posicionamentos. O que vamos vestir está sob nosso controle todos os dias, e é uma forma importante de expressão para além das palavras.

Mais do que uma simples roupa, nos vestimos para mostrar ao outro, e ao mundo, como desejamos ser vistos.

Para transmitir confiança a imagem precisa estar afinada à personalidade daquele que veste a roupa. Colocar um terno tradicional naquele que não tem este perfil irá desconectá-lo dos outros e de si mesmo, irá criar um ruído (sabe aquele incômodo que, por vezes, você não sabe de onde vem? Isso é um ruído.). 

E ruídos atrapalham a forma como somos vistos e roubam a atenção das palavras.

Estar bem-vestido é estar adequado ao momento, local, ocasião e público. Não tem nada a ver com vestir terno e gravata diariamente. O bem vestir-se é, acima de tudo, encontrar coerência entre a personalidade e o contexto em que está inserido o político.

É imprescindível perceber que a roupa conecta e, portanto, deve ser utilizada como estratégia de comunicação.

Um político que tem discurso e imagem desconectados não consegue se comunicar plenamente, nem atingir o público pretendido com eficiência. Falar em tecnologia usando roupas antiquadas gera uma baita incoerência por exemplo, será difícil tornar-se interessante e encantar ao ponto de lhe ser dada mais abertura e atenção. 

Alinhar a linguagem verbal com a não verbal é imprescindível para um político que almeja grandes objetivos em sua carreira.

Aline Savi é advogada, consultora de imagem, especialista em etiqueta e pós graduada em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.

 

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