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Ceramistas cancelam assembleias e podem decretar estado de greve

Após reunião com o sindicato patronal na última terça-feira, 04, os trabalhadores cancelaram as assembleias marcadas para esta quinta-feira em Criciúma e Cocal do Sul e deram o prazo de mais uma semana aos empresários para melhorar a proposta evitar o estado de greve. São cerca de cinco mil trabalhadores ceramistas na região. A data-base é 1º de janeiro.

“Vamos apostar em uma negociação que contemple a categoria. Do contrário, se for a única saída para os trabalhadores não perderem direitos iremos juntar forças com os metalúrgicos, também em processo de negociação, chamar os demais sindicatos para a mobilização na luta por nenhum direito a menos”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas de Criciúma e região, Itaci de Sá.

A categoria reivindica: INPC de 2,07% mais 3% de aumento real para todos; abono de férias R$ 2.400,00 e manutenção das demais cláusulas sociais.

Segundo o sindicato, a única proposta apresentada pelo sindicato patronal dia 22 de fevereiro retira os direitos dos trabalhadores. Entre os itens sinalizados pelos empresários estão:
*INPC de 2,07% para quem recebe até R$ 3.500,00, o percentual de 1,75% para quem ganha acima de R$ 3.500,00 até R$ 5.500,00 e acima de R$ 5.500,00 livre negociação;
* Abono reduz de R$ 1.100,00 repassados hoje para R$ 1.020,00;
*Banco de horas ampliando de 44 horas a jornada 54 horas sem pagamento das horas extras – inclusive nos domingos e feriados;
* Implantação dos 30 minutos de almoço.
“Entendemos que esta proposta é mais um atraso para retirar toda a dignidade e o respeito para com a força da mão-de-obra do trabalhador. Existe uma revolta dos trabalhadores e trabalhadoras pela demora e pela proposta absurda e vamos mobilizar a categoria para reagir contra esta falta de valorização aos trabalhadores e por nenhum direito a menos”, critica Itaci de Sá.

 

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