Caso de racismo: Compirc e Tigre planejam ações educativas e de prevenção

O Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Criciúma (Compirc) e o Criciúma Esporte Clube, planejam ações para combater atos racistas no Estádio Heriberto Hulse. A reunião foi realizada, na manhã desta quinta-feira, dia 4, na Sala de reuniões da Coordenação dos Conselhos do clube.

Após a partida entre Criciúma e Ponte Preta, no dia 15 de julho, em que um torcedor foi acusado de ataque racista, o Compirc e o Criciúma EC iniciaram a conversa para realizar campanhas educativas e de prevenção. O objetivo, é evitar que novos casos de racismo aconteçam dentro dos estádios, principalmente no Heriberto Hulse.

“Vamos fazer algumas movimentações nos jogos do Criciúma. Ainda vamos definir as ações concretas. Vamos fazer uma faixa contra o racismo para colocar no campo. Vamos fazer ações junto com os atletas, torcidas organizadas. Vamos fazer uma ação para dar um pouco mais de visibilidade, para que ações como essa não se repitam”, explica o presidente do Compirc, Remerson Luiz Vicência.

Uma nova reunião será realizada, possivelmente na próxima semana, para alinhar as ações e iniciar as campanhas contra o racismo nos estádios. O clube, logo após a partida em que aconteceu  o episódio racista na torcida, cedeu as imagens de câmeras para identificar o autor, que já se apresentou para a Polícia Civil.

“Nas imagens não existem provas que o torcedor falou alguma palavra racista. O torcedor se apresentou com um advogado e negou as acusações. Disse que não proferiu aquelas palavras, então a princípio não tem provas concretas. Mas segue em investigação”, explicou Remerson.