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Campanha de universidade leva informações sobre câncer de mama e de colo de útero

O câncer de mama é o segundo tipo mais comum da doença entre as mulheres e o número de casos novos estimados para 2019 é de 59.700. Os dados fazem soar o sinal de alerta para os cuidados que o público feminino deve ter com a doença, que pode ter os fatores de risco reduzidos com atitudes como o autoexame e o acompanhamento com profissional de saúde habilitado. Outubro é o mês dedicado à prevenção do câncer de mama e a Unesc, como tem feito há anos, aderiu à campanha nacional, com atividades pensadas especialmente para levar informações ao público interno.

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A primeira atividade ocorreu nesta terça-feira (1º/10), com a realização do 1º Simpósio Multidisciplinar do Cuidado da Pessoa com Câncer. O evento reuniu acadêmicos e professores dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, e Psicologia para dialogar, com profissionais da área sobre os diferentes aspectos do diagnóstico e tratamento dos principais tipos de câncer que acometem as mulheres, em especial o câncer de mama.

Durante toda terça-feira do mês, os colaboradores e acadêmicos da Instituição são convidados à aderirem à iniciativa “Unesc veste rosa” e virem para a Universidade usando uma peça da cor da campanha nacional. Além disso, o público interno ainda poderá colaborar com a campanha de arrecadação de biscoito para o Unacon (Unidade de Assistência de Alta Complexidade) do Hospital São José de Criciúma. As doações poderão ser entregues até o dia 23 de outubro nos CAs (Centros Acadêmicos) dos cursos da Unesc.

Incentivo à realização de exames

Durante a campanha do Outubro Rosa, o curso e a Clínica de Enfermagem da Unesc estão mobilizados para realizar uma busca ativa e agendamento de preventivo. Segundo a coordenadora da Clínica de Enfermagem, ao longo do mês, alunos de Enfermagem e bolsistas da Clínica, estão circulando pelo campus e abordando colaboradoras da Instituição para passar informações sobre o câncer de mama e de colo uterino e convidar elas a agendarem exames gratuitos na Clínica de Enfermagem.

A iniciativa está sendo realizada por alunos da sétima fase do curso, dentro da disciplina Saúde da Mulher. Eles ainda confeccionaram mimos para presentear as mulheres: imãs de geladeira com recadinhos sobre a importância do cuidado com a saúde. De acordo com a professora do curso, Susane Raquel Perico, a ação pretende potencializar o acesso das mulheres que trabalham na Universidade ao exame preventivo gratuito, a informações úteis para o cuidado com a saúde e a conscientização de que é preciso olhar para si não só durante a campanha.

“A maioria dos colaboradores da Unesc é mulher e com esta ação, queremos chamar a atenção para a necessidade de elas estarem atentas a sua saúde, não apenas no Outubro Rosa. A Clínica de Enfermagem oferece exames gratuitos e orientações durante todo o ano. No momento que elas fazem a coleta do preventivo, fazemos o exame da mama e em mulheres acima dos 50 anos, encaminhamos a solicitação da para a mamografia. Mas se percebemos alguma alteração na mama em mulheres abaixo desta idade, que é a faixa preconizada pelo Ministério da Saúde, fazemos o encaminhamento para a Unidade de Saúde”, conta Susane.

Fique atenta!

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor.

Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início.

Segundo estudo realizado por acadêmicos do curso de Enfermagem da Unesc, com orientação de professores e baseado em dados de órgãos como o Ministério da Saúde, os fatores de risco para a doença podem ser: Ambientais (obesidade e sobrepeso, principalmente após a menopausa; sedentarismo; consumo de bebida alcoólica e exposição frequente a radiações ionizantes, por exemplo); Hormonais (primeira menstruação antes de 12 anos; não ter tido filhos; primeira gravidez após os 30 anos; não ter amamentado; menopausa após os 55 anos e ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se por mais de cinco anos) e Genéticos/hereditários (alteração genética; história familiar de câncer de mama e/ou ovário, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos, por exemplo).

É possível reduzir o risco de câncer de mama? A resposta é sim. Manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas ajudam a reduzir o risco de câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.

A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres. Então a orientação é observar e apalpar as mamas todos os dias, para reconhecer suas variações naturais e identificar as alterações suspeitas.  Em caso de alterações persistentes, procure a Unidade de Saúde. Realizar exames de rotina para identificar o câncer antes de a pessoa ter sintomas também é uma medida importante. Nesse contexto entram a mamografia a partir da idade recomendada e o exame clínico das mamas, realizado por um médico ou enfermeiro.

Câncer de colo de útero

O mês é dedicado à prevenção do câncer de mama, mas as ações são realizadas também no sentido de prevenir e informar as mulheres sobre o câncer de colo uterino. Segundo estudos, quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer ocorrem em quase sua totalidade. Ele é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina. O início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros, tabagismo e o uso prolongado de anticoncepcionais estão entre os fatores que podem aumentar o risco da mulher desenvolver a doença.

A prevenção primária está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). Assim, o uso de preservativo durante a relação sexual, a vacina tetravalente contra o HPV (para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos ela é encontrada nas Unidades de Saúde). A prevenção secundária consiste no diagnóstico precoce das lesões de colo uterino antes de se tornarem invasivas. O exame papanicolau é a principal estratégia para detectar lesões pré-malignas e fazer o diagnóstico precoce da doença.

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