A Polícia Militar agora conta com um veículo Chevrolet Camaro como viatura para uso em eventos e exposições do Programa Educacional de Redução das Drogas (Proerd). O veículo, apreendido em 2013 pela Polícia Militar de Balneário Camboriú após suspeita de roubo, estava desde então no pátio da Instituição.
Por já estar com a guarda do veículo, o Comando da Polícia Militar pediu nos autos do processo (auto de prisão em flagrante) para usar o veículo como viatura. A propriedade do automóvel vem sendo discutida judicialmente. Após manifestação favorável do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a Justiça deferiu o pedido.
Além do uso como viatura, a 2ª Vara Criminal de Balneário Camboriú autorizou a instalação de giroflex provisório, rádio comunicador, suporte de tecnologia embarcada de atendimento de ocorrências, além de adesivação com o Símbolo da PMSC. A autorização para o uso tem caráter provisório, pois a propriedade do veículo continua sendo discutida judicialmente e, se for o caso, a PM terá restituir o bem em condições de uso.
O Camaro amarelo foi apreendido pela Polícia Militar após recebimento de uma denúncia de roubo de um outro veículo, um Hyundai Sonata. Ao atender a ocorrência, policiais constataram que o número da placa não condizia com os dados cadastrados do veículo no sistema DetranNet. De acordo com o condutor do veículo, Carlos André da Fonseca Cunha, o carro havia sido emprestado pelo amigo Ygor Pepé Ribeiro Gavinho.
Os agentes públicos foram até o endereço de Ygor, que confirmou ter cedido o veículo ao amigo e, além de apreenderem o veículo, prenderam ambos em flagrante. Após a condução dos investigados para a delegacia, chegou ao apartamento de Ygor, Felipe Pina Pannagio, conduzindo um veículo Hyundai I30, cuja placa também não correspondia à cadastrada no sistema do Detran e com registro de roubo, motivo pelo qual Felipe também foi preso em flagrante.
Em buscas realizadas na residência de Felipe, foram apreendidos documentos, valores em dinheiro e também o veículo Camaro. De acordo com a Promotoria de Justiça, “há robustos elementos de informação no sentido de que os três atuam no mundo cibernético (como hackers), utilizando elaborados e requintados métodos para ludibriar pessoas e instituições financeiras”.
Após os indícios de obtenção ilícita, o laudo pericial feito no Camaro não indicou a existência de sinais de adulteração ou falsificação. O veículo ficará sob responsabilidade e uso da Polícia Militar até o processo transitar em julgado.