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Cadela policial Flecha se aposenta e é adotada por família de Nova Veneza

Cerimônia de aposentadoria da cadela marcou os 20 anos de atuação do canil da Polícia Militar de Criciúma

O Canil do 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM) de Criciúma completou 20 anos de atividade e, para marcar a data, foi realizada na tarde desta sexta-feira, dia 17, a solenidade de aposento da cadela Flecha. Flecha dedicou onze anos aos trabalhos na PM de Criciúma. Chegou no 9º BPM com poucos meses de vida e desenvolveu habilidades no faro. Participou de diversas abordagens e operações, onde foi responsável pelo encontro de grande quantidade de drogas. Depois de cumprir a missão, foi para a reserva e hoje viverá com uma família em Nova Veneza.

“A cadela Flecha, que hoje está se aposentando, foi adquirida enquanto filhote e adestrada por nós. Foi um dos cães que ‘mais prendeu gente’. Uma cadela com um faro muito aguçado, habilidade grande, dificilmente não encontrava entorpecentes escondidos nas áreas utilizadas pelos traficantes. Ela ainda é conhecida na criminalidade, a cachorra Flecha do Canil”, ressalta o comandante do 9º BPM, tenente-coronel Mário Luiz Silva.

Desde 2003, os cães auxiliam os policiais militares em ocorrências que exigem o faro, buscas e capturas e na guarda e proteção de eventos. Entre outras atividades, os cães atuam na localização de armas e drogas, na busca de fugitivos em matas, resgate de pessoas perdidas e na segurança de eventos, como jogos de futebol.

Atualmente, o 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM) conta com oito cães no Canil, que faz parte da Companhia de Patrulhamento Tático (CPT). “Ao longo desses 20 anos de policiamento com cães no 9º Batalhão, o conjunto policial militar/cão demonstrou ser uma excelente ferramenta no combate ao crime e prevenção. O cachorro tem uma versatilidade muito grande para atuação na atividade policial e atua como um terceiro integrante da guarnição, composta por dois policiais, onde o cão é o terceiro integrante”, destaca o comandante.

Treinamento de cães policiais

Para ingressar na unidade, os animais são treinados por aproximadamente um ano e meio. Neste período os cães passam pelo período de adaptação de barulho, pessoas, locais e ambientes. “Essa é a fase mais importante para um cão policial, pois é quando descobrimos as habilidades deles. Alguns desenvolvem melhor a atividade de faro para encontrar drogas e outros mais na busca e encontro de pessoas”, explicou o capitão da CPT, Giovanni Fagundes.

Cada cão policial tem um adestrador responsável, que exerce um trabalho de muita parceria com o animal. Os policiais também são responsáveis pela manutenção dos canis. “Os cães chegam para o canil da Polícia Militar ainda filhotes, com cerca de dois meses de vida, logo dando início a construção de um vínculo de amizade e parceria entre adestrador e cão, antes mesmo do treinamento propriamente dito, tendo em vista que todo o processo de aprendizagem e até mesmo o trabalho futuramente serão pautados na motivação do animal”, conta o cabo PM do Canil, Éderson França.

Os cães trabalham até aproximadamente os oito anos de idade. Após este período, são aposentados e encaminhados para adoção. Nesse processo, tem prioridade o policial militar que trabalhou por mais tempo com o cão.

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