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Bebê foi morto pela própria mãe com 24 facadas em Tubarão

Delegada do caso confirmou que a mulher foi autuada no artigo 123, sobre o crime de infanticídio

Em entrevista ao Portal Litoral Sul nesta terça-feira, dia 29, a delegada titular da 5ª Delegacia Regional de Tubarão, Carolini de Bona Portão, afirmou que o bebê recém-nascido, morto pela próprio mãe nessa segunda-feira, dia 28, foi esfaqueado 24 vezes. Além disso, foi confirmado que a criança era do sexo masculino e tinha a idade gestacional de 38 semanas e três dias. Segundo a delegada, a Polícia Civil foi acionada para a ocorrência e conversou com a mulher, de 19 anos, que recebia atendimento.

“Em conversa com a mulher, no primeiro momento, ela relatou que não tinha conhecimento das lesões dessa criança. Posteriormente, ela acabou confessando que pariu a criança na manhã dessa segunda-feira no banheiro da sua residência e, logo em seguida, buscou uma pequena faca de cozinha. Ela acabou desferindo 24 facadas nessa criança. Esse número foi constatado posteriormente pela perícia, por meio do exame cadavérico. A perícia ainda constatou que a criança nasceu com vida”, contou Portão.

Ainda de acordo com a delegada, a jovem alegou que não tinha conhecimento da gravidez e que, após o parto, entrou em desespero, entendendo que a família não iria apoiá-la, que perderia o emprego e que não teria como criar a criança. Então, por isso, cometeu esses atos. Além disso, ela não quis indicar a paternidade do bebê. “Foi dado voz de prisão, efetuado flagrante dessa mulher. Ela foi autuada pelo artigo 123 do Código Penal, por infanticídio. Ela permaneceu em observação até a data de hoje, já que ela pariu, e hoje mesmo já foi encaminhada para a Penitenciária Sul em Criciúma”, completou.

Sobre o crime ainda, a delegada Carolini Portão explicou que a pena para ele é de dois a seis anos, punição menor que a de um homicídio. “O infanticídio, em outras palavras, é um homicídio privilegiado, porque a pena é menor. Isso porque se considera que a mulher cometeu o crime durante o estado puerperal, que é um estado, cientificamente comprovado, em que ela não teria condições de responder totalmente pelo seu discernimento. Por isso, o tratamento diferente que o de um homicídio”, explanou.

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