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Barulho faz vizinhos de boates no Centro de Criciúma perderem o sono

Moradores um prédio localizado nas proximidades das casas noturnas reclamam do barulho nas saídas das festas

Moradores de um prédio localizado na Rua Araranguá, no Centro de Criciúma, têm trocado as noites de descanso por noites em claro. O motivo são os barulhos que as pessoas fazem após a saída das festas realizadas nas casas noturnas, localizadas nas proximidades. Os condôminos procuram uma solução amigável para resolver o caso.

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Segundo os moradores, o problema vem acontecendo há anos e têm se agravado nos últimos meses. Após o término das festas e o fechamento das casas norturnas, que acontece por volta de 2h30 da madrugada, os participantes do evento ficam aglomerados em frente aos estabelecimentos, conversando. Além disso, veículos estacionados nas proximidades ficam com o porta-malas aberto e com o som alto.

Outros motoristas ainda fazem manobras perigosas com os veículos, uma delas conhecida como cavalo-de-pau, e soltam estouros dos automóveis, acordando os moradores do prédio.

Acidentes já foram registrados pelos moradores devido a imprudência dos motoristas. A síndica do prédio, Barbara Tavares, tem um apartamento que fica com a janela do quarto de frente para a Rua Araranguá. Segundo ela, os participantes das festas passam falando alto em frente ao condomínio, quebram garrafas de vidro e ainda urinam em frente ao residencial.

“Não somos contra as festas. As músicas que tocam dentro das danceterias não atrapalham nada, nem ouvimos. Só gostaríamos que, ao sair das festas, o pessoal respeitasse os moradores que precisam descansar para trabalhar no outro dia”, relata a síndica.

Acompanhe abaixo alguns vídeos gravados por moradores do prédio:

Ação da Polícia Militar

Segundo os moradores do prédio a Polícia Militar (PM) é acionada frequentemente e faz rondas pela rua. Mas os envolvidos com o barulho só fazem silêncio quando a viatura passa pelo local. “Depois que eles vão embora, começa tudo de novo. Som alto, bagunça de carros e pessoas”, explica a síndica.

Devido as diversas reclamações dos moradores, inclusive com a participação em uma sessão da Câmara de Vereadores de Criciúma, a PM realizou algumas operações nas redondezas. O intuito é dispersar as aglomerações que provocam os barulhos e evitar que condutores dirijam embriagados.

“Na Rua Araranguá temos uma questão agravante pois os barulhos começam já durante a semana, na quinta-feira. O foco da operação realizada foi a Lei Seca. Sabemos que as pessoas só fazem silêncio com a presença da guarnição. A polícia passou, eles aumentam o som e voltam a incomodar”, explica o comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Sandi Sartor.

Operação realizada pela PM na Rua Araranguá, no Centro de Criciúma | Foto: Divulgação/PM
Operação realizada pela PM na Rua Araranguá, no Centro de Criciúma | Foto: Divulgação/PM

Nos dias em que foram realizadas as ações da PM, os condôminos relatam que perceberam uma melhora no barulho. “No fim de semana que eles fizeram a operação em frente a boate, estava bem mais tranquilo. Diminuiu bastante o barulho”, relata a subsíndica do prédio, Grasiela de Souza.

Os moradores procuram ajuda para encontrar uma solução amigável do caso. Tanto da Polícia Militar, autoridades do município e do proprietário do estabelecimento comercial.

Posicionamento das casas

Os moradores do prédio acreditam que uma das ações que podem ajudar a resolver o problema pode partir do proprietário dos estabelecimentos. A sugestão dos condôminos é a contratação de um segurança para dispersar as aglomerações após os eventos que são realizados no local.

O advogado das casas noturnas, Hildo Gabriel Zanette, informou que o proprietário dos estabelecimentos está disposto a auxiliar, dentro dos limites possíveis, a situação. Segundo o advogado, uma reunião com a representante do prédio está agendada.

“As reclamações que tomamos conhecimento é em via pública, fora do controle das casas, cabendo à segurança pública tomar eventuais medidas e não ao estabelecimento comercial, o qual, tem controle somente no seu local de funcionamento. As casas da Rua Araranguá estão dispostas a orientarem dentro dos seus limites os frequentadores, pois após a saída destes não há como controlar seus atos”, relata Zanette.

Ainda segundo o advogado, a contratação de um segurança para conter os barulhos na parte externa da casa é algo que no momento é inviável para o proprietário do estabelecimento. “Vale lembrar que o setor de eventos ficou por mais de dois anos praticamente parados, sendo que as casas retornaram recentemente. Então o orçamento é muito menor e a contratação de outros prestadores de serviços prejudicaria o seu setor financeiro”, explica o advogado.

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