Foi vendo a irmã dançar que Letícia Ugione Elíbio se interessou pelo mundo da arte. Hoje, com nove anos, a pequena já carrega apresentações diversas na bagagem. Entre as experiências, uma certeza se ressalta: a de ser professora de dança quando crescer. Letícia faz parte do grupo de 600 bailarinos e bailarinas que subiram ao palco do Unesc em Dança neste sábado , 21, no Auditório Ruy Hülse da Universidade.
A pequena compõe o grupo de dança da Escola Michel de Criciúma. Ela conta que o nervosismo, antes de subir ao palco, faz parte da emoção. “Eu fico muito ansiosa antes de dançar, mas depois me sinto feliz. Com a dança eu chego em lugares diferentes, entro em personagens diferentes. Quero dançar para sempre”, ressaltou a pequena com brilho nos olhos.
Por trás da magia que se instala no palco, um grande trabalho se forma. É o que diz a professora Jheniffer de Oliveira, do grupo de dança Escola Dom Orione, de Siderópolis. Segundo ela, todas as coreografias que eles irão apresentar no Unesc em Dança, traz uma mensagem. “Além de bailarinos e bailarinas, eles são pesquisadores e compositores. Cada movimento condiz com a mensagem que queremos passar, e eles ajudam nessa produção”, contou a professora, que leva por meio da arte, mensagens sobre os efeitos da tecnologia, o reflexo da solidão, entre outros.
O Festival
O Unesc em Dança é um festival não competitivo, que busca o aprimoramento técnico e artístico, garantindo o caráter didático-pedagógico por meio de oficinas, palestras e exibição de filmes. Contribui, assim, para a formação de plateia, o desenvolvimento e a valorização da cultura e da arte.
Segundo o pró-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unesc, Oscar Montedo, a cultura é uma maneira eficiente de formar um indivíduo crítico e sensível. “E o Unesc em Dança traz esse olhar. Além disso, ele contribui para o fortalecimento da linguagem da dança na região, valorizando a arte e a cultura”, comentou.
Para a coordenadora do Setor de Arte e Cultura da Unesc, Amalhene Baesso Reddig, apreciar a cultura é um hábito que se constrói. “Temos a convicção de que podemos, juntos, alterar as condições de desenvolvimento cultural regional ao pensarmos que a potencialidade da linguagem cultural da dança, apresentada no Unesc em Dança, é uma fonte de informação e formação para aqueles que buscam o intercâmbio de experiências, aquisição de novos conhecimentos e desenvolvimento de aspectos técnico, artístico, educacional e formação de público”, destacou.
O presidente da Fundação Cultural de Criciúma, Sergio Zappelini, comentou que o Unesc em Dança é um presente para o município. “O festival consagra os talentos de toda a região, fortalecendo a importante da arte criativa. Criciúma é o polo do evento, mas nós contamos com a participação de diversos municípios. Não deixem de apreciar a expressão da dança”, comentou.