Após um ataque hacker comprometer diversos serviços do Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina se pronunciou sobre o caso. Diversos sistemas utilizados na gestão da saúde e para registro dos vacinados contra a Covid-19 foram afetados.

A orientação da Secretaria é que os municípios sigam com a vacinação, anotando os dados em formulários. Desta forma, quando ocorrer a volta do sistema, o SI-PNI, esses dados possam ser registrados para o Ministério da Saúde.

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“Com relação à vacinação contra a Covid-19, a SES recomenda que os municípios continuem aplicando as doses e registrando em formulários padronizados, sendo registrados no SI-PNI assim que o sistema retornar. O mesmo vale para os registros de casos, que devem ser notificados em formulários e fichas de notificação até que o sistema seja restabelecido, para que assim possam fazer os registros eletrônicos”, informa a nota da Secretaria.

Saiba como comprovar a vacinação 

Outro sistema afetado pelo ataque hacker é o ConecteSUS, onde as pessoas vacinadas podem emitir uma espécie de ‘passaporte da vacina’. Desta forma, a nota do Estado, destaca que neste caso, para comprovar a vacinação, deve ser utilizada a carteirinha física, onde foi registrada as doses recebidas na hora da imunização.

“Na falta do comprovante de vacina pelo aplicativo do ConecteSUS, basta apresentar a carteirinha como comprovante de vacinação tanto para receber a segunda dose e as doses de reforço e adicional, como para comprovar a situação vacinal em estabelecimentos em que se utiliza o protocolo Evento Seguro”, explica o comunicado.

Ataque tira diversos sistemas do Ministério do ar

O Ministério da Saúde foi alvo de um ataque hacker na madrugada desta sexta-feira, dia 11. Diversos serviços estão fora do ar, desde então. Os hackers deixaram uma mensagem em que diziam haver sequestrado 50TB (terabytes) em dados e pediam que o Ministério entrasse em contato para reaver esses dados.

A prática é conhecida como Ransomware  e consiste no sequestro de dados e posterior pedido de resgate, realizado geralmente com valores em criptomoedas. O Ministério da Saúde acionou a Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI)  e em nota destacou que trabalha para reestabelecer os serviços afetados.

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Confira a nota na íntegra:

Nota: esclarecimento sobre o ataque hacker ao sistemas do Ministério da Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES) informa que o acesso aos sistemas do Ministério da Saúde (e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização – SI-PNI, ConecteSUS) que contabilizam dados de notificações, hospitalizações e vacinação da Covid-19, em virtude de um ataque hacker, estão comprometidos até este momento. O estado aguarda comunicação oficial do Ministério da Saúde sobre quando o acesso aos sistemas voltarão a ficar operacionais e qual será o impacto em termos de atualização de dados para o estado. A última atualização do MS foi realizada na madrugada desta sexta, 10.

Com relação à vacinação contra a Covid-19, a SES recomenda que os municípios continuem aplicando as doses e registrando em formulários padronizados, sendo registrados no SI-PNI assim que o sistema retornar. O mesmo vale para os registros de casos, que devem ser notificados em formulários e fichas de notificação até que o sistema seja restabelecido, para que assim possam fazer os registros eletrônicos.

Sobre a comprovação da vacinação

Todas as pessoas que recebem vacinas contra a Covid-19, além de terem os dados registrados no ConecteSUS, recebem uma carteira de vacinação com as mesmas informações de data de aplicação, número do lote e fabricante da vacina. É um documento importante, pessoal e intransferível. Deve ser guardado e preservado com o maior cuidado por parte do usuário do SUS.

Portanto, na falta do comprovante de vacina pelo aplicativo do ConecteSUS, basta apresentar a carteirinha como comprovante de vacinação tanto para receber a segunda dose e as doses de reforço e adicional, como para comprovar a situação vacinal em estabelecimentos em que se utiliza o protocolo Evento Seguro.

Caso o usuário perca a carteirinha, deve ser solicitado uma segunda via do documento para as Secretarias Municipais de saúde, pois as mesmas devem ter o registro em papel antes de digitarem nos sistemas.

Santa Catarina implementou o protocolo “Evento Seguro” que orienta eventos de grande porte com mais de 500 pessoas. Esses eventos deverão ter a participação de pessoas vacinadas ou que realizaram teste de RT-PCr ou antígeno com resultado negativo nas últimas 72 horas.

O Estado de Santa Catarina compartilha as decisões de gestão da crise pandêmica com os municípios, conforme decreto do governo desde junho de 2020. Os municípios podem implementar regras mais restritivas, de acordo com a situação local. Inclusive, o ”Passaporte da vacina” é uma atribuição dos gestores municipais em função dos impactos nos municípios e porque cada região tem características distintas.