Assalto ao BB de Criciúma: Armas foram fornecidas por Centros de Colecionadores, aponta Polícia Federal
Operação BAAL, deflagrada pela Polícia Federal e GAECO cumpriu 13 mandados de prisão em SP, BA, MA e PI em investigação de crimes de “domínio de cidade” e “novo cangaço”
A Polícia Federal, em trabalho conjunto com o GAECO do Ministério Público, capital paulista, deflagrou na manhã desta terça-feira, dia 21, a Operação BAAL, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa voltada à prática de roubos nas modalidades “domínio de cidade” e “novo cangaço”. Tais ações constituem uma modalidade de conflito proveniente da evolução de crimes violentos contra o patrimônio, no qual grupos criminosos subjugam a ação do poder público por meio do planejamento e execução de roubos que causam um verdadeiro terror social.
Segundo denúncia do Ministério Público, a quadrilha passou a ser investigada após uma tentativa de ataque na cidade de Confresa, no Mato Grosso, em abril de 2023. Na época, 18 criminosos foram mortos em confronto com a polícia e outros oito, presos. A mesma organização teria participado de ataques, chamados pela denúncia de “domínio da cidade”, em Criciúma (SC), em 2020; em Araçatuba (SP), em 2021; e em Guarapuava (PR), em 2022. Havia indícios, ainda de acordo com as investigações, de que o grupo estava planejando um assalto a banco este ano.
Armas e munições vinham de CAC’s
Os elementos colhidos revelaram que essa e outras ações semelhantes foram financiadas por integrantes da organização criminosa que também atuam no tráfico de drogas e na lavagem de capitais. Além disso, constatou-se que os principais fornecedores das armas de fogo e das munições utilizadas pela organização criminosa são CAC’s (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). “No total, foram cumpridos 13 mandados de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão domiciliar em São Paulo, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Piracicaba, Mairinque, Buri/SP, Xique-Xique/BA, Timon/MA e Corrente/PI. “Também foram adotadas medidas de cunho patrimonial visando a descapitalização financeira da organização criminosa, como o bloqueio de contas e o sequestro de bens com limite de até R$ 4 milhões”, informou a Polícia Federal.
As ações contaram, ainda, com o apoio operacional de equipes da ROTA, da 10ª Companhia de Força Tática e do 10º BAEP da Polícia Militar do Estado de São Paulo.