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As lições deixadas pelas fortes chuvas que atingiram Tubarão

Município foi o mais afetado em Santa Catarina pela passagem do ciclone extratropical

Após a passagem do ciclone extratropical, Tubarão está em fase de reconstrução. De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar (CBM), o município foi o mais afetado pelas chuvas em Santa Catarina. Os bairros mais atingidos foram Dehon, Humaitá, Madre, Bom Pastor, Km 60 e 63.

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“Estamos retornando à normalidade. As residências e os bairros atingidos estão sendo limpos. O Corpo de Bombeiros está nesse momento auxiliando na limpeza das ruas. Estamos com dois caminhões de combate a incêndio para lavar os locais mais atingidos e retirar a lama. Além disso, atuamos no momento em corte de árvores e retirada de água acumulada de alguns pontos”, explica o subcomandante do Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Tubarão, Major Rafael.

Entre terça e quinta-feira, dias 3 e 5, foi registrado aproximadamente duas mil ligações na Central de Emergências dos bombeiros, sendo a maioria de moradores de Tubarão. Para auxiliar nos atendimentos, bombeiros dos Batalhões de Blumenau, Balneário Camboriú, São José e Chapecó permaneceram na cidade por três dias.

Além dos transtornos causados, os moradores também tiveram a apreensão de reviver a enchente de 1974. Naquele ano, pelo menos 199 pessoas morreram e 60 mil habitantes ficaram desalojados. “Eu trabalho em Tubarão desde 2009 e o trauma da enchente de 1974 faz parte da cultura, principalmente dos mais idosos. Então vivenciamos esse trauma e a preocupação com a repetição de uma grande enchente é constante. Sempre que ameaça uma forte chuva e o volume do rio começa a aumentar, nós percebemos nitidamente a preocupação das pessoas. Elas ligam para 193 para perguntar como está o rio e vão até a borda para ver com os próprios olhos”, conta o Major.

Aprendizados

Central de Emergências recebeu mais de duas mil ligações – Foto: Edson Padoin/Portal Litoral Sul

Santa Catarina é frequentemente atingida por diversos tipos de estragos naturais. Segundo o Major Rafael, todos esses eventos costumam deixar aprendizados. “Em 2016 a cidade foi atingida por um vendaval e tivemos uma série de problemas no quartel, inclusive na central de emergências. Hoje temos um prédio novo com a central em um local protegido. Outro aprendizado é que os órgãos envolvidos no resgate das pessoas precisam estar organizados, saber o que fazer. Precisamos nos preparar de forma antecipada. Desse evento para o próximo precisamos evoluir em alguns aspectos para melhorar a nossa resposta”.

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