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Árvores tóxicas para as abelhas serão cortadas em Morro da Fumaça

De acordo com a legislação estadual, cultivo da Espatódea acarreta em multa.

A árvore Espatódea, popularmente conhecida como bisnagueira, embeleza muitas propriedades. No entanto, apesar de muito bela, a planta possuiu uma substância nas flores tem ação inseticida pode ser tóxica para abelhas, e pássaros como o beija-flor.

Pensando em preservar a fauna nativa e evitar problemas ao ecossistema local, a Fundação Municipal do Meio Ambiente de Morro da Fumaça (Fumaf) alerta à população para o corte imediato dos exemplares.

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“Sabemos que temos algumas espécies espalhadas pelo município e vamos intensificar as fiscalizações. Primeiro, solicitamos o corte e a substituição. Caso a lei não seja respeitada, será aplicada uma multa ao morador”, aponta Mário Antônio Godoi Corrêa, engenheiro florestal da Fumaf.

Estudos comprovaram a mortandade de abelhas e existem indícios que até pássaros de menor porte, como o caso dos beija-flores, também sofram ao entrarem em contato com a bisnagueira. “E isso prejudica toda a fauna e a flora. Como consequências, teremos prejuízos na polinização das espécies nativas da região, causando um desequilíbrio ecológico na época da florada, pois as abelhas e outras espécies de insetos e aves são os principais polinizadores da nossa flora”, completa.

A planta possuiu uma substância nas flores tem ação inseticida

A autorização para substituição e até mesmo o corte da árvore é realizado na Fumaf, sem pedido de medida compensatória. A melhor solução, segundo os especialistas da fundação, substituir a bisnagueira por uma espécie nativa, que não cause impactos negativos ao meio ambiente.

“Sabemos que é um belo exemplar, mas a Espatódea pode causar sérios riscos e tem a obrigatoriedade de ser substituída. Pedimos a colaboração dos moradores”, afirma Silvia Roseng, diretora superintendente da Fumaf.

Lei estadual

Desde janeiro de 2019, por conta da Lei Estadual nº 17.694, a produção de mudas e o plantio desta árvore em todo território catarinense está proibida por produzirem enzimas nocivos a insetos polinizadores.

O infrator poderá pagar multa, no valor de R$ 1 mil por planta ou muda produzida, a ser aplicada em dobro no caso de reincidência. O projeto foi proposto em 2018 tendo como justificativa que a espécie é alvo de preocupação para os apicultores e produtores de mel.

 

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