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Árvores da Praça Nereu Ramos passam por análise

A Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri) realizou uma análise das condições das árvores localizadas na Praça Nereu Ramos. A iniciativa foi idealizada após uma árvore do local cair na madrugada do último sábado. Profissionais da Famcri também apuraram as principais causas da queda da planta. A árvore que caiu da espécie Jacarandá-mimoso tinha aproximadamente cinco metros de altura e mais de 30 anos de idade. Outra árvore da mesma espécie será plantada no local.

Conforme a presidente da Famcri, Anequésselen Bitencourt Fortunato, vários fatores culminaram na queda da planta. “As raízes estavam iniciando o apodrecimento, mas o tronco ainda estava saudável, prova disso é que a árvore foi enviada para o Horto Florestal Antônio José Tolé Guglielmi para aproveitarmos a madeira. A planta não tinha raízes profundas, devido ao local não ter espaço para o crescimento, mas a intempérie foi fundamental para a queda”, explica. Uma árvore da espécie Jacarandá-mimoso, nativa da Mata Atlântica, pode viver mais de 50 anos.

Análise

Na análise, os profissionais verificaram as condições das árvores plantadas na Praça Nereu Ramos e o risco de novas quedas. “Constatamos que as árvores não correm risco de cair em imediato, porém elas não estão saudáveis. Vai ser feito um estudo mais aprofundado para ver quais medidas serão tomadas, como realizar o corte, podar os galhos mais pesados e compridos, ou apenas fazer uma manutenção”, relata Anequésselen.

De acordo com a presidente, uma análise foi realizada em 2015, quando o órgão constatou que algumas árvores deveriam ser cortadas. Devido a um movimento popular contra o corte, outras medidas foram adotadas para amenizar os riscos. “Dessa vez, se for verificado que as árvores precisam ser eliminadas, vamos cortá-las. A árvore que caiu danificou apenas a fachada de uma banca de jornal, mas o local é bastante movimentado e, para a segurança dos pedestres, vamos tomar as medidas necessárias”, ressalta.

A Praça Nereu Ramos possui 19 árvores tombadas pelo patrimônio histórico. Segundo a bióloga da Famcri, Viviane Mottin, as plantas têm mais de 50 anos. “Já faz 40 anos que elas foram tombadas. Provavelmente elas já eram juvenis na época do decreto de 1977, que não deixa claro quais são as árvores tombadas”, informa.

Durante o diagnóstico, ainda foi constatado que as plantas estavam sofrendo pela ação humana. “Identificamos várias árvores com pregos e tachas que causam feridas e prejudicam seus desenvolvimentos. Estes materiais sufocam a planta e dificultam a absorção de água e nutrientes”, afirma Anequésselen. O engenheiro agrônomo da Famcri, Rodrigo da Rosa, também acompanhou a vistoria.

Requerimentos

A Famcri realiza constantemente trabalhos de análise de árvores em Criciúma. A atividade ocorre por meio de solicitações. Para fazer requerimento de análise, os moradores devem ir até a sede da Famcri, localizada na Rua Saldanha da Gama, no bairro Comerciário. O órgão atende de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (48) 3445-8811.

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