Arsenal para caçada a Lázaro conta com drones, câmeras de visão noturna e térmica e cães farejadores
As buscas ao assassino em série Lázaro Barbosa chegam ao 12º dia e envolvem além de um grande efetivo policial das Polícias Civil de Goiás e Distrito Federal, e forças de segurança especializadas que não medem esforços para cumprir a árdua missão de encontrar o foragido.
A fuga vem causando pânico aos moradores do Entorno do Distrito Federal, em especial, nas imediações da cidade goiana de Cocalzinho.
Desde a notícia da presença do suspeito na região, equipes da Polícia Civil se mobilizam, tanto no trabalho de campo, quanto na elaboração de estratégias para localização do suspeito. De dia ou de noite, a missão da Polícia Civil de Goiás é garantir a segurança dos cidadãos.
Arsenal especializado e tropas especiais
Para tentar localizar o criminoso, os cerca de 300 agentes da segurança pública contam com três helicópteros, cães farejadores e equipes munidas de equipamentos de visão noturna e térmica, além de drones e profissionais de inteligência.
As buscas por Lázaro, que teria assassinado uma família inteira no Distrito Federal na semana passada, estão concentradas em um perímetro que foi estabelecido na divisa entre Goiás e o DF, onde as operações se desdobram.
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Como a Lázaro passa os seus dias em fuga pelo mato, é nessas áreas que as operações da força-tarefa têm se concentrado. De acordo com as informações divulgadas pelas forças de segurança, o assassino tem o costume levar suas vítimas para beira de rios e córregos. Na terça-feira, 15, ele quase teria matado uma família, feita refém nas proximidades de um riacho.
Os crimes de Lázaro
Quarta-Feira, dia 9 de junho: Lázaro invade a chácara de Cláudio Vidal e mata ele e seus filhos, em uma ação que dura cerca de 10 minutos. No momento da fuga, faz Cleonice Marques, de 43 anos, mulher de Cláudio, refém e a sequestra. Logo após a entrada do bandido na casa, ela teria feito uma ligação para seu irmão pedindo por socorro. Sua família chega momentos depois, mas encontra apenas os corpos de Cláudio e seus filhos.
Quinta-feira, dia 10 de junho: Na parte da manhã, Lázaro Barbosa teria invadido outra residência apenas três quilômetros de distância da chácara da família de Cláudio e Cleonice. Ele teria mantido a dona da casa, Sílvia Campos, de 40 anos, e o caseiro, Anderson, de 18, sob a mira de sua arma durante três horas e os obrigado a fumar maconha. Ele teria roubado cerca de R$ 200 e celulares antes de deixar a residência. Cleonice continua desaparecida.
Sexta-feira, dia 11 de junho: Lázaro é suspeito de roubar um carro e fazer mais um refém. Ele teria deixado Ceilândia e ido para Cocalzinho, em Goiás. Lá, incendeia o veículo. A polícia acredita que ele pode ter contado com a ajuda de um comparsa nesse momento. As buscas por Cleonice continuam.
Sábado, dia 12 de junho: O corpo de Cleonice é encontrado em um córrego próximo ao Sol Nascente. Enquanto isso, Lázaro teria invadido uma residência nos arredores de Lagoa Samuel, onde teria ingerido bebidas alcoólicas, feito o caseiro refém e destruído o seu carro. Horas depois, ele teria invadido outra chácara, atirado em três homens e roubado armas de fogo. À noite, teria incendiado uma casa em Cocalzinho. Alguns relatos afirmam que ele teria trocado tiros com a polícia, informação que não foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública de Goiás. Os três homens baleados foram levados a um hospital. Dois encontram-se em estado grave.
Domingo, dia 13 de junho: Lázaro invade uma casa por volta das 15h. A residência estaria vazia naquele momento. O criminoso teria roubado um carro Corsa vermelho. Aproximadamente às 18h30, o veículo teria sido abandonado em uma rodovia, a 30 quilômetros da residência invadida mais cedo. Acredita-se que Lázaro tenha avistado um bloqueio policial e decidiu fugir para o mato. Dentro do carro, a polícia encontrou um carregador de munição. De acordo com a Polícia Militar de Goiás, o suspeito teria chegado a trocar tiros com a polícia antes de fugir para um matagal.
Segunda-feira, dia 14 de junho: Lázaro troca tiros com um fazendeiro na região de Edilândia. Policiais civis e militares fecham o cerco, mas não efetuam a prisão do suspeito. Foi levantada a hipótese de o autor da chacina ter ficado ferido.
Terça-feira, dia 15 de junho: Uma família é feita refém por Lázaro na zona rural de Edilândia. Segundo Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás, ele utilizou o mesmo modus operandi e levou o casal dono da propriedade e a filha adolescente deles para a beira de um rio. A menina conseguiu, porém, mandar uma mensagem para o celular de um policial que visitou a casa das vítimas no dia anterior. As equipes foram até o local e houve confronto com o criminoso. Os reféns foram salvos, mas um policial acabou sendo baleado de raspão. Ele recebeu atendimento e passa bem. Lázaro conseguiu fugir.