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“Aqui tem Farmácia Popular”: receitas emitidas por cubanos geram impasse

O programa “Aqui tem Farmácia Popular”, do Governo Federal, permite que os pacientes recebam medicamentos contra hipertensão e diabetes gratuitamente, numa rede de farmácias conveniadas em todo o Brasil. Para isso, basta apresentar documentos pessoais e uma receita médica. Contudo, com a saída dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos, é preciso trocar as receitas, já que não estaria sendo possível o cadastro dos registros dos estrangeiros no sistema.

O problema já foi registrado em Içara, onde um casal não conseguiu retirar os remédios numa farmácia do Centro. “Meus pais foram informados que a receita não poderia ser aceita porque não valia mais já que a médica era cubana”, explica a jornalista Maíra Rabassa, contando que nem mesmo as servidoras da unidade de saúde do bairro Jardim Elizabete sabiam da mudança. “Ela foi até lá para trocar e desconheciam a informação”, destaca, frisando que a substituição foi realizada.

“Impossível cadastrar”

Um funcionário da farmácia citada pelo casal informou que os medicamentos não são mais fornecidos com a apresentação de receitas emitidas por médicos cubanos, pois os registros no Conselho Regional de Medicina (CRM) não são mais válidos. “Isso ocorre apenas com os produtos do programa federal. Nos demais casos, podemos vender normalmente”, afirmou, sob a condição de não ser identificado.

Posição oficial da secretaria

Por outro lado, a coordenadora de Atenção Básica da secretaria de Saúde de Içara, Iane Savi, informa que os remédios podem ser fornecidos. “Se as receitas estiverem dentro da validade, devem ser aceitas em todas as farmácias”, enfatiza.

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