Quantas situações vivemos em um único dia, desde o momento em que acordamos até aquele em que o encerramos, inúmeras experiências nos acontecem e, possivelmente, em todas existam duas possibilidades: frustração e ou aprendizado. Mas imagino que no automatismo comportamental em que vivemos, você nem se dá conta disso. A memória seletiva captou apenas alguns dados mais marcantes.
Em nossa rotina, somos convidados a aprender ou a nos frustrar e, em ambas as possibilidades, existe crescimento. Mesmo nas experiências mais simples do cotidiano, por exemplo, quando pela manhã vou vestir meu filho para ir à escola e ele chora, faz birras, eu posso aprender a respeitar seu tempo, personalidade, educá-lo ou posso me frustrar por fazer a leitura da experiência como algo que foge ao meu controle. Quando você está no trânsito, atrasado, você pode se frustrar com sua repetição de padrão ou aprender por meio de exercícios práticos de respiração e, então, focar na possibilidade e estratégias de comportamento em situações futuras como essa para que não repita um padrão de agir.
Ou seja, a frustração permeia o aprendizado, não consigo não visualizar a interdependência entre um e outro. Obviamente que o tempo em que ficamos “sofrendo” com a frustração de não conseguir algo ou mudar alguma situação é que será fator determinante para o aprendizado. Nem sempre nossos desenhos a planos acontecem tal qual planejamos. Perdemos, somos demitidos, trocados e tudo isso aumenta nosso medo de lidar com emoções que nos trazem dor, mas que quando internalizadas, nos tornam melhores.
Por vezes, os planos que não deram certo nos mostram caminhos diferentes e estes, podem trazer, além de aprendizados, ótimas surpresas. O convite hoje é: se jogue à disposição da vida e de todo o potencial de nos construirmos melhores. A frustração faz parte da jornada. Tentar impedi-la, além de utópico, será no mínimo, um convite para impedir sua capacidade de se superar. Pense nisso!