Depois de mais três década de espera, o Museu ao Ar Livre Princesa Isabel, localizado em Orleans poderá se tornar um patrimônio cultural brasileiro. Nesta quarta-feira, dia 12, o Conselho Nacional do Patrimônio Cultura do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan julga uma proposta catarinense de tombamento da instituição. O processo foi iniciado em 1987.
O professor Elcio Willemann, presidente Fundação Educacional Barriga Verde – Febave e reitor do Centro Universitário Barriga Verde – Unibave, e a diretoria do Museu ao Ar Livre, Valdirene Böger Dorigon, acompanham o julgamento em Brasília. A Febave é a mantenedora do espaço cultural.
A diretora frisa que o museu guarda um acervo riquíssimo e, esse reconhecimento, trará mais visibilidade. “Ano passado recebemos mais de 13 mil visitantes. Isso mostra a importância do museu, e sabemos que esse número pode ser ainda maior. Além disso, ao ganhar mais visibilidade no território nacional, valoriza a história da imigração, a catarinense e a contribuição delas para o país”, ressalta Valdirene.
A presidente do Iphan, Kátia Bogéa, declarou que a aprovação do Conselho reforçará a campanha Patrimônio Cultural do Sul: Turismo Cultural como ativo para o desenvolvimento das cidades históricas – lançada pela instituição no início deste ano – e reconhece a participação dos imigrantes na construção da nação brasileira.
O Museu ao Ar Livre Princesa Isabel é uma instituição de caráter tecnológico, histórico e documental que preserva, pesquisa e divulga a cultura material de diversas etnias, destacando um acervo proveniente da imigração em Orleans e região sul de Santa Catarina. A expressão “ao Ar Livre” corresponde à forma de apresentação do acervo num ambiente natural e ecológico, destacando o modo de vida dos colonizadores no início do século XX.
Saiba mais sobre o museu
Inaugurado em 30 de agosto de 1980, o Museu teve como principal idealizador o Pe. João Leonir Dall’Alba. É o primeiro do gênero na América Latina, instalado numa área de vinte mil metros quadrados de terra. As construções, de características tradicionais, abrangendo: capela, engenho de farinha de mandioca, estrebaria, galpão de serviços domésticos, cozinha de chão batido, casa do colono, cantina, meios de transporte, engenho de cana-de-açúcar, serraria pica-pau, oficinas artesanais, marcenaria, atafona, balsa, ferraria, monjolo e Centro de Vivências.
Além destas unidades citadas, também encontramos instalado nas dependências do Museu, a Casa de Pedra, que abriga o Centro de Documentação Histórica Plínio Benício (CEDOHI), salas de exposições e Laboratório de Conservação e Restauração (LACOR).