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Anvisa aprova primeira injeção para tratar esquizofrenia

Aprovada a primeira injeção para o tratamento de esquizofrenia no Brasil. O novo medicamento de ação prolongada foi autorizado pela Anvisa, a agência de regulamentação de medicamentos no país. O palmitato de paliperidona trimestral requer apenas quatro doses ao ano para tratar da doença.

A ação prolongada é importante, já que pesquisas apontam que uma das principais causas de recaída entre 80% dos pacientes durante os cinco primeiros anos é a baixa adesão ao tratamento. Espera-se que o palmitato de paliperidona aumente a adesão ao tratamento, previna recaídas e melhore a qualidade de vida do paciente. O palmitato de paliperidona já estava disponível em forma de injeção mensal.

Indicação

A nova medicação é indicada para pacientes adultos que já tenham sido tratados com a injeção mensal por, no mínimo, quatro meses. A aplicação do medicamento deve ser feita por profissionais de saúde em hospitais, clínicas e hospital dia. Estudos clínicos mostram que o Invega Trinza (nome comercial do palmitato de paliperidona trimestral) é seguro – assim como a versão oral e a injeção mensal. Os efeitos colaterais mais comuns são reação no local da injeção, aumento de peso e dor de cabeça. Estudo publicado este ano ainda apontou que mais de 90% dos pacientes que utilizaram o novo medicamento não tiveram recaída ao longo de um ano e meio. Embora tenha sido aprovado pela Anvisa, o medicamento só estará disponível para compra depois de receber aprovação de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o que deve acontecer dentro dos próximos três meses, de acordo com a Janssen.

Esquizofrenia

Esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico mais comum do que se imagina. Chamada de distúrbio da mente dividida, ela é marcada por surtos em que o mundo real acaba substituído por delírios e alucinações. O transtorno afeta 2 milhões de brasileiros. Geralmente a esquizofrenia se inicia com uma simples apatia no final da adolescência e no começo da vida adulta, na faixa dos 18 aos 30 anos. Aos poucos, o indivíduo abandona as atividades rotineiras e se isola. Suas reações ficam estranhas e desajustadas – ele não esboça os sentimentos esperados diante de fatos tristes ou felizes.

Do nada, surge uma sensação de que algo está errado e alguém prejudica a sua vida. O passo seguinte é a transformação dessa inquietação nas fantasias sensoriais e nas teorias da conspiração.

Os sinais da esquizofrenia:

Dificuldades no aprendizado desde a infância

Apatia

Pouca vontade de trabalhar, estudar ou interagir com os outros

Não reagir diante de situações felizes ou tristes

Vozes que surgem na cabeça e outras alterações nos órgãos dos sentidos

Mania de perseguição inexplicável

Ficar atento a algumas características, como uma repentina perda de vontade ou uma exagerada mania de perseguição, especialmente em jovens, é a melhor atitude para ir atrás da ajuda profissional, se necessário.

 

Com informações da Veja e SaúdeAbril

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