Alta nos casos de cálculo renal entre mulheres preocupa especialista
Mudança no estilo de vida das pacientes tem feito aumentar o consumo de comidas com poucos nutrientes
Por questões genéticas mas, principalmente comportamentais, o sexo masculino é o que mais sofre com pedras nos rins. Isso quer dizer que em média são três homens para cada mulher que desenvolvem a doença em algum momento da vida. Porém, especialistas da área de Urologia têm observado que a incidência de cálculos renais tem aumentado de forma significativa entre o público feminino. O motivo: mudança no estilo de vida.
“A doença tem uma maior relação com os homens, ou seja, para cada três homens, uma mulher tem o cálculo. Mas, esses dados estão desatualizados, visto que as mulheres estão apresentando, a cada ano, mais registros ligados a pedras nos rins, sendo que hoje quase se equipara a incidência de cálculos em pacientes do sexo masculino”, analisa Fábio Borges, especialista em Urologia Clínica Geral e Urologia Oncológica de Criciúma.
Com a mulher desbravando cada vez mais espaços no mercado de trabalho, ela deixou de ser um figurante caseiro, onde conseguia ter uma alimentação mais saudável e hidratação adequada. “Hoje a rotina dela é igual a de um homem. Trabalham o dia todo e devido a vida agitada, muitas vezes diminuem a ingestão de água, as refeições são de alimentos de fácil acesso e com alto teor de sódio e outros minerais, como lanches, por exemplo. Comem mal devido a correria que são submetidas pelo mercado de trabalho. E isso está atingindo os níveis dos pacientes masculinos, o que é um problema sério de saúde pública”, ressalta o urologista.
Comidas em excesso como carnes, sais, minerais, refrigerantes, além de prejudicar o organismo de diversas formas, aumentando a obesidade, também têm relação com o crescimento de casos de pedras na população em geral que se alimenta na base do fast food, alimentos que antes não eram comuns na dieta do brasileiro.