Alesc homenageia Unesc e Corpo de Bombeiros por protocolo de atendimento a pessoas autistas
Reconhecimento foi entregue nessa terça-feira, dia 30
A Alesc, acolhendo proposição do deputado Julio Garcia (PSD), prestou nessa terça-feira, dia 30, homenagem ao Laboratório de Pesquisa em Autismo e Neurodesenvolvimento (Land) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e ao Corpo de Bombeiros Militar.
A moção de aplauso reconhece o trabalho das entidades, que desenvolveram em conjunto um protocolo específico de atendimento pré-hospitalar para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse é primeiro padrão de atendimento para pessoas neurodivergentes no país e visa garantir cuidados adequados em casos de emergência.
O deputado proponente, Julio Garcia, reforçou a importância deste trabalho. “A moção nada mais é do que o reconhecimento de um trabalho de elevado alcance social e que é inédito no Brasil, portanto, Santa Catarina mais uma vez na frente.”
O tenente-coronel Henrique Piovesan da Silveira explicou que a iniciativa partiu da identificação de uma lacuna no Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. “Cerca de 75% das ocorrências são atendimentos pré-hospitalares, atendimentos com ambulâncias, e com o aumento crescente do número de pessoas com Transtorno do Espectro Autista vimos que existia uma necessidade.”
Segundo Silveira, agora, com o protocolo, a identificação da pessoa com autismo é feita durante a ligação para a emergência. Depois disso, há várias ações que fazem parte do atendimento. Citando como exemplo, ele destacou que a cerca de 500 metros do local da ocorrência o giroflex e a sirene da ambulância são desligados, para evitar a piora da crise da pessoa com TEA.
Para a professora Cinara Ludvig Gonçalves, coordenadora do Land, o recebimento da homenagem é “um reconhecimento muito bonito e gratificante”. De acordo com ela, o desenvolvimento do protocolo durou um ano e trabalhou “com o que existe de melhor lá fora, aplicando para a realidade do Brasil”.
Ela também celebrou a parceria entre a universidade e o Corpo de Bombeiros. “A gente ficou muito feliz, porque conseguimos fazer essa ponte da academia, da ciência com a comunidade, trazendo resultados diretos para a população.”