Há alguns anos, para acessar as informações, você precisava obrigatoriamente ouvir rádio, esperar a revista com exemplar mensal, ler o jornal e, claro, conversar com pessoas e etc. E hoje, como acessamos as informações? Na palma da mão, telegram, WhatsApp, LinkedIn, blogs, poadcasts… a facilidade da notícia nos tornou não mais inteligentes, mas com certeza, mais confusos.
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E como explicar o fato de que, embora estejamos fartos em relação a opção para nos mantermos informados, a percepção é de que o conhecimento é raso? Uma das respostas pode ser a descoberta de uma neurocientista cognitiva americana, Maryanne Wolf, Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), é que o excesso de tempo em telas – celulares e tablets, mudou um padrão de comportamento de leitura onde se torna cada vez mais comum as pessoas apenas “passarem os olhos” ou os dedos, superficialmente impactando na absorção do conhecimento e, consequentemente, empobrecendo argumentações.
As pesquisas mostram que o número de leitores caiu nos últimos tempos, enquanto a utilização dos apps aumenta.
Citando E. O. Wilson, biólogo, expressou de forma muito sucinta e correta: “Estamos nos afogando em informações e famintos por sabedoria.” é fato, dados não faltam, a fidedignidade das fontes é questionável e a capacidade de interpretação, para alguns, raquítica.
Como mudar esse cenário? Imagino que reduzindo a apreciação ao imediatismo, impossível gerar conhecimento com densidade e segurança da noite para o dia.
A educação que transforma precisa da variável tempo para que se tenham experiências práticas que ajudam a sedimentar o aprendizado, e é possível construir essa ideia mesmo num mundo agilista. Ser ágil é diferente de ser precipitado.
Precisamos ser mais questionadores, curiosos e pesquisadores, nos apaixonarmos pelas hipóteses e não apenas pelos resultados. Investigar antes de informar, estamos vivendo a era dos especialistas da internet, afogados em informações e famintos de sabedoria. Que a velocidade do mundo atual não nos tire a capacidade de reflexão, e principalmente de argumentação, baseada em fatos e não em empirismo virtual.
Pense nisso!