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Abscesso Cerebral, você sabe o que é?

Fazer consulta médica com regularidade, exames periódicos e estar atento quando algo de errado acontece no organismo, pode ajudar e muito no diagnóstico e prevenção de algumas doenças. Infecções, por exemplo, são problemas de saúde que se não tratados, podem levar ao desenvolvimento de doenças com uma complexidade significativa de tratamento. Um dos problemas decorrentes de uma variedade de infecções, incluindo sinusite, infecções de ouvido ou dentes; acidente ou complicações pós- cirúrgicas, são os abscessos cerebrais.

“O abscesso cerebral é uma coleção localizada de microorganismos e células humanas, que fica em meio ao tecido cerebral. Qualquer pessoa pode desenvolver, porém, é mais comum este problema acontecer em pacientes com comprometimento da imunidade”, explica o médico neurologista Fernando Topanotti Tarabay.

Pacientes com suspeita de abscesso cerebral, em geral, tem como sintoma prevalente a dor de cabeça; porém, outras manifestações, como alterações visuais, crises convulsivas, febre, rigidez de nuca, dificuldade de mobilizar membros ou de falar, podem acontecer.

“Em geral, para o diagnóstico é necessário a realização de punção lombar (coleta de líquido cerebral por meio de punção com uma agulha na coluna lombar, sob anestesia local), realização de exames de imagem (tomografia ou ressonância magnética do crânio), além de exames de sangue. Durante a investigação, alguns outros exames poderão ser solicitados conforme necessidade”, informa o especialista.

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Segundo ele, geralmente este tipo de patologia pode ser tratada com medicamentos endovenosos, ou em alguns casos, comprimidos. “O tratamento depende da causa identificada, podendo ser necessário intervenção cirúrgica em algum momento para controle da infecção; mas depende do reconhecimento da causa. Antibióticos ou antifúngicos, também são introduzidos no tratamento quando os pacientes evoluem e precisam de internação”, destaca.

O neurologista alerta que para que haja a detecção precoce de infecções, é importante realizar com frequência, um acompanhamento médico e saber sobre o controle dos fatores de risco; isto permite reduzir os riscos de infecção. Apesar de todos os cuidados, ainda assim é possível que a doença se desenvolva.

Cuidados no tratamento da doença

Infecções se não tratadas de forma correta, podem evoluir e assim ocasionar outros problemas, até mais graves; com o abscesso cerebral não é diferente. “Muitas vezes o abcesso cerebral está associado a meningites. Também pode ser a apresentação inicial de doença localizada em outro local do corpo, como infecções no coração, ossos ou neoplasias. Ou seja, tem efeito de causa e também de consequência de outras doenças”, pontua Topanotti.

Os casos mais graves estão associados a maiores riscos de sequela, ou mesmo de morte, em situações onde a pressão ou obstrução do fluxo de sangue e líquido cerebral sejam prejudicadas, por isso o tratamento deve ser muito bem elaborado pelo médico especialista.

“O tratamento depende do reconhecimento da causa e muitas vezes pode ser feito com antibióticos ou antifúngicos; no caso de pacientes internados, sem a necessidade de cirurgia. Porém como já mencionei, caso haja necessidade de intervenção cirúrgica haverá certamente a indicação”, ressalta. De acordo com o especialista, pacientes que desenvolvem abscessos cerebrais terão uma dificuldade devido ao tempo de internação. O tratamento é longo e, consequentemente, a recuperação completa dos sintomas também. Ainda conforme ele, algumas sequelas podem ocorrer, conforme a evolução da doença, havendo a necessidade de tratamento de reabilitação neurológica em alguns casos.

O diagnóstico precoce de qualquer patologia auxilia e muito no tratamento das doenças.

 

 

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