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Abelhas dão o alerta para desequilíbrio ambiental

Enquanto o sistema de informatização dos dados sobre tipos, quantidades e distribuição de agrotóxicos em território catarinense não tem suas funções plenamente desenvolvidas e sendo aplicado, o que dá o alerta para exagero ou inadequação do uso de agrotóxicos são as abelhas. No começo do ano foi divulgada a mortandade elevada, em Santa Catarina e outros estados, desse inseto fundamental no processo de polinização. Tão fundamental que a Organização das Nações Unidas (ONU) tem feito campanhas de conscientização para proteger as abelhas.

A expectativa de Ricardo Miotto, secretário adjunto estadual de Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, é que, informatizando o controle, será possível identificar o ingrediente ativo que pode ter causado o grande número de mortes de abelhas. O fipronil, por exemplo, é um princípio ativo largamente aplicado em plantações de soja e para o qual as abelhas são muito sensíveis. “Vai ser possível cruzar informações, como o receituário e as localidades com casos de mortes de abelhas. Vai acender um alerta e a ação será mais rápida”, prevê.

No caso específico das abelhas, as informações são cruzadas com o cadastro das colmeias existentes no estado mantido pela Epagri. A exatidão trazida pelo sistema informatizado será tão grande que será possível colocar filtros já no momento da prescrição. “Quando o profissional registrar o que pretende receitar e para qual comunidade, vai acender um alerta informando que ali tem colmeias e que o uso do fipronil não é recomendado. É nossa obrigação proteger o meio ambiente e a sociedade como um todo. ”

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