Protagonismo positivo da imagem pessoal na política
Entre a visão da imagem pessoal, que acontece de forma instantânea e a avaliação sobre quem é o político e seus valores, que vai acontecendo com o tempo, o primeiro impacto é, indiscutivelmente, o visual. E este precisa ser positivo.
A imagem pessoal conta uma história, faz representação de ideias, causas, bandeiras, posicionamentos e, até, protestos.
É o vestir, os acessórios e cores, que despertam sensações e emoções, através de elementos visuais. A meta deve ser sempre trazer mais clareza ao posicionamento, reafirmando intenções e palavras. O código visual precisa, necessariamente, validar o discurso verbal.
E, mesmo assim, é o discurso não verbal que marcará mais firmemente a memória.
Todo o universo visual, ainda que não esteja organizado, contém muita informação, mesmo que estas sejam negativas. Achar que o visual do político não importa é deixar de aproveitar o maior canal de expressão de identidade disponível. É o que é visto que informa pertencimento, atualização, tradição, conexão, etnicidade, etc.
Aparência é uma prévia, um trailer, que deve ser reafirmada pelo comportamento, postura, gestos e discurso.
Unir a identidade ao vestir enriquece a comunicação do político.
Quando há incoerência, é a mensagem que perde a credibilidade. Como acreditar se há disparidade entre a imagem e o que diz o discurso?
Uma imagem pessoal desorganizada visualmente informa, também, incapacidade de gerenciar a si próprio e, se há a percepção de tal incapacidade, como gerir um projeto, município, cargo ou estado? Esta é a sensação deixada.
A imagem de um político precisa impulsioná-lo e não atrapalhá-lo. Ela deve ser uma aliada e não uma causa de dúvidas quanto à sua competência.
O que percebo é uma dificuldade em explorar o universo visual e de identidade do político. Não são os elementos isolados, mas o conjunto que irá comunicar a narrativa.
Um político representa mais do que a si mesmo, sua imagem pessoal necessita refletir este poder e esta responsabilidade.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem, personal stylist, especialista em etiqueta e pós graduada em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.
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