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Em Criciúma, seminário sobre autismo reúne mais de 500 pessoas 

O principal encaminhamento foi a notícia do desenvolvimento de um censo demográfico em SC, liderado pelo Parlamento em parceria com a Unesc

Mais de 500 pessoas lotaram o Auditório Ruy Hulse, na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em Criciúma, nesta segunda-feira,8, para prestigiar a sétima edição do Seminário Estadual Autismo: Diagnóstico, Intervenção Precoce e Comportamento, liderado pelo Parlamento catarinense, por meio da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Espectro Autista e pela Escola do Legislativo.

A iniciativa, que tem como objetivo oferecer conhecimento, trocar experiências e definir diretrizes para fortalecer políticas públicas de inclusão escolar, encerrou o ciclo de sete seminários, que aconteceram em praticamente todas as regiões do Estado. Além de Criciúma, no Sul, o debate percorreu os municípios de Chapecó e São Miguel do Oeste, no Oeste, Fraiburgo, no Meio-Oeste, Joinville e Balneário Camboriú, no Norte, e Tubarão, também no Sul. 

Censo demográfico

O principal encaminhamento foi a notícia do desenvolvimento de um censo demográfico em Santa Catarina, liderado pelo Parlamento em parceria com a Unesc, que irá traçar uma radiografia efetiva das pessoas com espectro autista no Estado. Para o presidente da frente parlamentar, deputado Pepê Collaço (PP), essa radiografia é fundamental para que o Estado possa construir uma legislação eficaz e específica para essa população.

“Para que o nosso Estado defina políticas públicas assertivas e com diretrizes para o autismo”, pontuou, destacando que a importância dos seminários foi fundamental para esse trabalho. Além de Collaço, 12 deputados integram a Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Espectro Autista no Parlamento. 

A reitora da Unesc, Luciane Ceretta, destacou que a Unesc e a Acafe (Associação Catarinense das Fundações Educacionais) são parceiras desta iniciativa liderada pelo Parlamento. “Eventos dessa natureza são fundamentais para capacitar não apenas os profissionais da educação e de saúde, mas também envolver os familiares das pessoas portadoras de autismo”, avaliou.

Ela informou que a Unesc irá desenvolver um aplicativo para a identificação da população das pessoas do espectro autista no estado para que seja possível desenvolver um censo visando um resultado efetivo para o atendimento dessas pessoas. “Com informações robustas poderemos ter uma radiografia da realidade dessa população em nosso estado”, avaliou. 

Números

O saldo dos sete seminários foi considerado positivo, com a participação de mais de cinco mil profissionais em todo o estado. A informação é da assessora da frente parlamentar, Janice Krasniak.

“Esses ciclos de palestras atenderam mais de cinco mil pessoas no estado. Um público formado por profissionais que trabalham diretamente com portadores do espectro autista. Desse modo, levamos ao conhecimento desses profissionais as diretrizes do espectro autismo do Estado”, observou.

No evento desta segunda-feira, em Criciúma, cinco palestras foram ministradas. A palestrante Juliana Paulo Buratto dos Santos Pereira abordou dois temas:  “Avaliação Biopsicossocial da Pessoa com Deficiência: Aspectos Gerais” e  “Avaliação Biopsicossocial da Pessoa com Deficiência: Aspectos Específicos”. Jaqueline Reginatto abordou as questões de políticas públicas na área da saúde para pessoas com autismo. Ela traçou o perfil cognitivo dessas pessoas. “Como observar os sinais mais comuns e avaliando que quanto mais cedo o diagnóstico, melhor será a inclusão social dessa criança”, observou. Já a Fabiana Garcez focou a respeito do transtorno do espectro autista e a interface da política de educação especial em Santa Catarina.  E para encerrar, Grazielle da Silva apresentou informações a respeito dos desafios e as possibilidades dos portadores do espectro autismo em Santa Catarina.

 

 

 

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