Greve dos professores: Governo diz que dialoga após aulas serem retomadas e adesão à paralisação aumenta
Conforme sindicato, 30% dos profissionais paralisaram atividades em todo o Estado
Com aumento de adesão ao movimento, a greve dos professores da rede estadual de ensino chega ao seu terceiro dia nesta quinta-feira, dia 25. Ao todo, já somam 30% os profissionais paralisados em todo o estado, informou o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), Evandro Accadrolli, percentual que é também registrado em Criciúma. Com local a ser definido, a categoria prepara um grande ato para a próxima terça-feira, dia 30, a partir das 14h, em Florianópolis.
A intensificação da mobilização ocorre após o Secretário de Admnistração do Estado, Vânio Boing, manifestar, nesta quarta-feira, dia 24, que abrirá diálogo somente quando as aulas forem retomadas. “Ele diz que está no limite da responsabilidade fiscal, uma grande mentira, não representa a realidade, o governo está em 42% e o limite é até 47% da arrecadação, ele tem uma margem em valores, de R$3,5 bilhões para poder investir na folha de pagamento. Desafiamos o governo, que se não aceitar a nossa proposta, que ele apresente uma proposta, porque nós apresentamos e o governo não apresentou nenhum centavo. A responsabilidade pelo fim da greve está na mão do governo”, contestou Accadrolli.
Os professores e demais profissionais da educação reivindicam novo concurso público, descompactação da tabela (pede que não existam mais salários iguais para diferentes posições da carreira e exige ganhos conforme o trabalhador avança com sua formação ou tempo no serviço público) ,valorização da carreira, a retirada do desconto de 14% dos aposentados entre outras.
O que diz o Governo
O Governo do Estado afirma que está disposto a retomar as negociações com os profissionais da Educação que declararam greve assim que as atividades forem retomadas normalmente nas escolas estaduais. Conforme o secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, três das quatro reivindicações feitas pelos servidores, já foram atendidas final de 2023, quando o Governo do Estado anunciou o maior concurso da história da Educação de Santa Catarina, aumentou o valor do vale-alimentação e iniciou a redução progressiva para encerrar a cobrança de 14% na previdência dos aposentados.
A principal reivindicação, contudo, seria a descompactação do plano de cargos e salários. “A proposta feita pelo sindicato faria com que o Estado ultrapassasse em muito o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, destaca o secretário. Conforme ele, isso representaria um acréscimo na folha de R$ 4,6 milhões.