A cor é um potente instrumento de comunicação. Ela produz efeitos como a capacidade de direcionar ou, até, alterar nossos sentimentos. Aprender a utilizá-la para melhorar a comunicação é um bom negócio para a projeção da imagem pessoal.
Não conseguimos olhar para uma cor sem sentirmos seus efeitos. Portanto, ter consciência sobre esta influência permite algum controle na hora direcionar a mensagem.
Saber utilizá-la pode trazer mais coerência e solidez à imagem que se deseja transmitir ou à mensagem que se quer comunicar.
Todas as cores possuem um significado. Não há cor desprovida de essência.
No entanto, como qualquer outra coisa, elas precisam ser percebidas dentro de um contexto. Aliás, é dentro destes contextos, que as cores serão elementos de conexão e afinidade.
Nós entendemos o que vemos pelas sensações que nos causam e, neste sentido, a cor nos motiva, nos guia à estas sensações e emoções.
A cor, dentro do contexto da política, precisa ser muito bem considerada, devendo ser aplicada como uma estratégia de propagação de imagem pessoal e, também, como um instrumento de reafirmação de discurso.
Afirmo (e reafirmo) que a roupa é um instrumento poderoso. Esta, por si só, não tem vida, ela precisa de alguém que empreste a ela esta condição. Ela necessita que alguém dê vida a ela. Aqui, o papel da cor é essencial, será ela a responsável por instigar as sensações.
Cada cor atua de uma forma diferente, dependendo do objetivo que foi traçado para aquele momento, da ocasião em que será usada, das pessoas com as quais irá interagir. Uma mesma cor, quando usada em contextos distintos, poderá despertar efeitos positivos ou negativos. Assim, é fundamental analisar esta questão antes de vestir-se.
Exemplificando: o azul é uma cor de mensagens positivas; é, também, a cor preferida, cor da lealdade, da harmonia, das virtudes. Todos os sentimentos associados à esta cor são positivos, uma vez que se ligam ao divino. O vermelho é uma cor que se destaca, a quem é atribuído o significado de cor de todas as paixões (indo do amor ao ódio); cor do dinamismo. Ao amarelo se transfere o sentimento de otimismo mas, antagonicamente, o de ciúme também.
Cores, na política, devem ser exploradas sob contextos específicos para que sirvam como instrumentos eficientes na reafirmação de discursos. Lembre-se de que a cor é a responsável por despertar as mais diversas sensações e sentimentos e, é essencial que estes sejam positivos.
Aline Savi é advogada, consultora de imagem, personal stylist, consultora de etiqueta e personal welcome, e pós-graduada em marketing político e comunicação eleitoral. Nesta coluna semanal fala sobre imagem e comunicação política.