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SC registra cinco mortes por dengue em 2024; Saúde alerta para os principais sintomas da doença

A melhor maneira de prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti continua sendo eliminar locais com água parada

Santa Catarina já tem confirmados cinco óbitos por dengue em 2024 (quatro em Joinville e um em Araquari). Dados da Secretaria de Saúde do Estado dão conta que já são 8.710 casos prováveis da doença, um aumento de 611% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o estado tinha 1.225 casos prováveis de dengue.

A curva de casos de 2024 apresenta uma alta desde o início do ano. No dia 23 de janeiro, SC registrava 4.043 casos prováveis da doença, número 910% maior do que o mesmo período de 2023, quando o estado tinha 400 casos prováveis de dengue. Já no dia 29 do mesmo mês, o estado tinha 5.897 casos prováveis, na comparação com o mesmo período do ano 2023, quando SC tinha 790 casos prováveis, observa-se um aumento de 646,5% no número de casos prováveis.

“Os números vão se modificando ao longo das semanas epidemiológicas, considerando que as notificações vão sendo realizadas. Mas de qualquer maneira, o cenário nos mostra que o estado ainda vai apresentar alta no número de casos. Já são mais de 14 mil notificações suspeitas de dengue, então, há ainda um número alto de casos suspeitos que devem se confirmar ao longo das próximas semanas”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor de vigilância epidemiológica do estado.

Principais sintomas

Febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Estes são os principais sintomas da dengue. A Secretaria de Estado da Saúde ainda alerta que dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda de pressão e sangramento de mucosas já são sinais de alarme da doença, indicando a necessidade de procura imediata do serviço de saúde.

A infecção pelo vírus dengue varia desde formas mais leves até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. “A hidratação é uma das principais medidas de tratamento, por isso, as pessoas que apresentam os sintomas, devem beber muita água desde o aparecimento dos primeiros sintomas e mesmo durante o momento da espera pelo atendimento. O manejo clínico adequado, conforme a classificação de risco, pode salvar vidas”, explica a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.

Além de beber bastante líquido, a pessoa infectada com o vírus da dengue deve fazer repouso, não se automedicar, procurar o serviço de saúde para orientações corretas e retornar para reavaliação clínica.

Confira no painel do Ministério da Saúde dados atualizados das arboviroses em todo país. 

Prevenção

A melhor maneira de prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, Zika e chikungunya) continua sendo eliminar locais com água parada:

– Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;

– Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios;

– Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água;

– Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas;

– Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana;

– Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas;

– Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.

Para ajudar na organização da rotina para eliminar os criadouros clique aqui.

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