Na luta pela reabilitação cardiopulmonar, histórias de vida que se entrelaçam
Serviço de Reabilitação CardioPulmonar (SERC) atende, em média, 30 pacientes por semana
Com um tubo de oxigênio ao lado, Adalberto de Souza Rodrigues, de 60 anos, faz um exercício com as pernas em um dos aparelhos da academia. No mesmo espaço, Keli Moraes, 41 anos, exercita os braços. Já na recepção, Mario Sergio de Farias, 70 anos, conta histórias e conversa com a equipe enquanto espera o horário.
O que essas três pessoas têm em comum? A luta por uma melhor qualidade de vida convivendo com problemas pulmonares, especialmente, sequelas da Covid-19. O espaço fica nas Clínicas Integradas da Unesc onde, desde agosto de 2022, está instalado o Serviço Especializado em Reabilitação CardioPulmonar (SERC).
Porém, essa história começa em 2020 quando o mundo parou devido ao coronavírus. Um ano que poderia ter sido o último da vida de Mário. Pai de três filhos e com quatro netos, o fotógrafo experiente – com passagens por jornais e tendo feito a cobertura de muitos eventos em Criciúma e região- não tira o dia 8 de agosto da memória, dia que foi internado devido a Covid-19.
“Foram 36 dias entubado, 46 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e cerca de 80 dias internado. Quando saí do hospital, fiquei na cama em casa mais um mês e pouco no oxigênio. Estava, bem dizer, aleijado”, lembra.
Outra memória que não sai da cabeça de Mário, é quando acordou do coma induzido e foi extubado. Para ele, haviam se passado apenas dois dias. “Eu achava que eram dois dias, fiquei apavorado. Naquele momento comecei a sentir o valor da vida, que é bem maior do que eu pensava. Tudo que eu fiz para trás eu queria esquecer. Naquele momento eu pensei ‘vou mudar minha vida’. Olhava para o forro (do hospital) e ficava pensando que tinha que mudar. Valorizei minha vida, mudei, hoje sou uma pessoa alegre. Falo até demais, estou vivendo agora”, comenta.
Naquele momento, ele estava decidido a levar a vida de outra maneira. Porém as sequelas eram grandes e logo foi levado ao Centro de Reabilitação da Covid-19 que funcionava no antigo Hospital Psiquiátrico do Rio Maina. Na época da pandemia, a Prefeitura comprou o local, que chegou a abrigar um hospital de retaguarda para os pacientes acometidos pela doença. Mário foi o primeiro paciente a utilizar o serviço.
“Aí surgiu o Centro de Reabilitação da Covid-19 no Rio Maina. Fui para lá e cheguei na cadeira de rodas. A equipe havia dado 7 a 8 meses para voltar a andar, mas em três eu consegui e em cinco meses já estava dirigindo. O trabalho deles é muito bom. Nesse tempo veio toda a estrutura para a Unesc e eu vim junto”, lembra.
Desde aquele 8 de agosto, já se passaram três anos de muita recuperação e tendo que lidar todos os dias com as sequelas da Covid-19. Com apenas 30% do pulmão ativo, um simples ato de plantar uma muda de planta pode se tornar doloroso. “Tenho ainda doença nas pernas, a força tenho pouca. O que eu fazia antes, não dá para fazer mais. Fui plantar um aipim, para fazer um buraquinho foi uma briga. Tiveram que ir lá me pegar. Mas tem que fazer, tem que forçar, tem que fazer fisio em casa”, fala ele.
Liderança comunitária e presidente da Associação de Moradores do bairro Santa Augusta, Mário conta que provavelmente terá que realizar duas cirurgias. Nada que abale o otimismo e a fé no trabalho desenvolvido na Unesc. “Representa tudo. Eu até agradeço o prefeito (Clésio Salvaro), o Acélio (Casagrande, Secretário de Saúde) pessoas que fundaram o centro de reabilitação d a Covid-19. A Unesc deu continuidade, aqui todos que tiveram trauma, acidente, todos que precisam podem ser atendidos. A equipe é multiprofissional é muito boa, como a nutricionista que acompanha e briga comigo, que estou barrigudo. Aqui nos sentimos em casa. É nossa segunda casa”, atesta Mário.
Qualidade de vida na espera por um transplante
Com um tubo de oxigênio ao lado, Adalberto de Souza Rodrigues, 60 anos, faz um esforço para conseguir falar. Tudo começou, também, em 2020 com o coronavírus. Quando pegou Covid-19, Adalberto não chegou a ser internado. “Fiz o tratamento em casa com pneumologista, aí posteriormente tratamento das sequelas. Depois fiquei internado devido a uma pneumonia”, conta.
Adalberto, também, conheceu o trabalho da equipe multidisciplinar ainda quando estavam no Rio Maina e ele necessitou de reabilitação. Agora, na Unesc, ele aguarda na fila do transplante de pulmão. Com fibrose pulmonar irreversível, o morador do bairro São Sebastião busca aumentar a qualidade de vida enquanto espera.
“Estou tendo uma melhora na parte física. Aqui melhoramos nossa qualidade de vida. Muito importante esse serviço. Temos nutricionista, enfermeiros, o dr. Luiz, todos nos auxiliam. Importante para nós”, destaca Adalberto que trabalhava como eletricista. “Estou aqui para ter uma qualidade de vida e o transplante é a esperança”, completa.
O retorno, após dois anos
Na mesma turma de Adalberto, Keli Moraes, 41 anos, retornou a utilizar o serviço após quase dois anos. Em 2021 veio o diagnóstico de Covid-19. “Comecei o tratamento em casa, não adiantou. Fui para a UPA, eles viram que eu peguei pneumonia. No 10º dia quando, geralmente, era a alta da Covid, piorou minha situação e fui internada por baixar a saturação e por conta de uma pneumonia nos dois pulmões”, lembra ela.
Foram 15 dias, até se recuperar e iniciar a reabilitação no Centro. “Eu fiquei com bastante falta de ar e quase não caminhava, porque teve um processo inflamatório no meu corpo. Comecei a fazer lá, fui indo aos poucos, fui voltando a caminhar, pegando resistência. Fiquei dois meses mais ou menos”, lembra Keli.
Não imaginava ela, que após cerca de dois anos, voltaria a sentir sequelas da Covid-19 e que precisaria retornar a reabilitação, agora, na Unesc. Moradora do bairro Santo Antônio e proprietária de uma floricultura, ela ficou com muita tosse, uma gripe forte e os sintomas continuaram. Veio a dificuldade de respirar. “Para subir um morrinho básico, assim, já falta ar, sinto indisposição, bastante dor no corpo”, conta.
Keli procurou um pneumologista pelo SUS. “Demora um pouco, mas daí ele me encaminhou para fazer uns exames onde deu problema no corpo”, afirma. O problema era uma nova sequela da Covid-19. Assim, Keli voltou a fazer reabilitação. “Somos muito bem atendidos aqui, desde o dr. Luiz, psicóloga, tem nutricionista, tem profissional da educação física. Todos são bem queridos”, ressalta.
Para ela, o programa ter ido para a Unesc foi um passo importante. “Se precisar, igual no meu caso, de acompanhamento de glicose, eles fazem aqui com a enfermeira, aplicação de medicamentos que a gente precisa, porque ficamos com bastante deficiência de vitaminas, eles fazem todos esses processos para nós. Bem bom mesmo”, analisa. “Já conhecia alguns serviços da Unesc e já utilizei o da odonto. Agora a reabilitação veio para cá e ficou tudo em casa”, completa.
O início
As histórias de vida de Adalberto, Mário e Keli se entrelaçam com a do Serviço Especializado em Reabilitação CardioPulmonar (SERC). Com o surgimento do coronavírus e umas das maiores pandemias da humanidade, o médico e coordenador do SERC, dr. Luiz Carlos Fontana teve a ideia de apresentar um projeto de criação de um centro de reabilitação.
“Eu fazia residência de exercício do esporte no Rio Grande do Sul. Então, dos três anos de residência, um ano era só de reabilitação cardiopulmonar. Atendíamos todos os pacientes com problemas cardíacos e pulmonares graves e os reabilitávamos. Foi aí que a ideia surgiu quando iniciou a pandemia. Porque vimos que muitas pessoas teriam sequelas pulmonares”, lembra Luiz.
Ainda em 2020, ele levou o projeto para o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande. Com o avanço da pandemia, a secretaria tomou a iniciativa de tirar a ideia do Centro de Reabilitação do papel. Visando o atendimento durante a pandemia, a Prefeitura de Criciúma comprou a antiga Casa de Saúde do Rio Maina e a reformou. Local ideal para que fosse instalado o Centro.
“O local estava pronto, eles tinham reformado, porém, a nossa estrutura de reabilitação não estava pronta. E começamos a atender no final de setembro. Na primeira semana de novembro, estava tudo pronto.Todos os materiais, toda a equipe. Montamos uma equipe multiprofissional. O Mário Sérgio foi um dos primeiros que atendemos”, relembra Luiz.
Entre os profissionais que iniciaram o projeto, está a nutricionista Daniele Botelho. Na época, ela estava produzindo uma pesquisa voltada para a conduta nutricional em pacientes infectados pela Covid-19. “O que eu estava estudando consegui aplicar naqueles pacientes que estavam em reabilitação no programa”, destaca.Todo o trabalho multiprofissional se provou de grande importância, tendo em vista que as sequelas deixadas pela doença eram variadas. “Nós vimos a demanda que ia precisar, porque os pacientes não iam ter só sequelas pulmonares, como vimos, nem cardiopulmonares. Eram sequelas variadas. As pessoas estavam, naquela época da pandemia, muito restritas às suas casas. Eles perderam o convívio, estavam muito depressivas, ansiosas. Vários problemas psíquicos, que a gente fala. Por isso, incluímos uma psicóloga integral. Temos uma nutricionista integral, porque as pessoas perderam peso ou ganharam peso com a pandemia. Então, perderam muita massa muscular. Temos fonoaudióloga, por causa que o vírus deixava as pessoas com problemas na fala. Então, nós tínhamos toda a equipe de fisioterapia, educação física, médicos, enfermagem, assistente social. Nós tínhamos uma equipe completa. Por isso, o nosso projeto acabou sendo o destaque”, analisa Luiz.
Logo o programa passou a ser referência. Foram, aproximadamente, 1.300 pessoas atendidas e mais de 500 recuperadas, enquanto o Centro de Reabilitação funcionou no Rio Maina e foi custeado pela Prefeitura de Criciúma. Com o sucesso, o Governo do Estado adotou o projeto e em agosto de 2022 o atendimento foi transferido para a universidade.
“Virou lei e viemos aqui para a Unesc. No Rio Maina, atendíamos pacientes só de Criciúma. Hoje em dia atendemos macrorregional Sul que é a Amurel, Amrec e Amesc. O principal ainda é aqui da região de Criciúma, mas temos pacientes de todas as cidades”, comenta o coordenador.
Desta forma, o serviço foi implantado nas macrorregiões de saúde em Santa Catarina. Com o fim da pandemia, a maioria dos pacientes atendidos atualmente possuem problemas de saúde diversos. “Hoje em dia, ele não é mais só para pacientes pós-Covid. Hoje em dia, nós atendemos todos os pacientes com doenças cardíacas e pulmonares. Então, hoje o projeto ampliou, nós atendemos várias outras demandas, várias outras patologias”, destaca.
O funcionamento
Para o paciente chegar ao SERC é necessário, primeiramente, passar pelas Unidades Básicas de Saúde. Havendo a necessidade do serviço, a informação é colocada no Sistema Nacional de Regulação (SISREG). A regulação que faz o encaminhamento à Unesc.
“Então, é um caminho simples, mas tem que ser passado sempre pela Unidade de Saúde e a unidade põe na regulação. Então, é sempre o mesmo caminho. A gente não tem como atender outra demanda”, explica o coordenardor.
Quando o paciente chega ao SERC ele passa por uma avaliação de toda a equipe multiprofissional. As avaliações de novos pacientes ou reavaliação de pacientes que já participam do programa ocorrem de segunda a quinta-feira.
“Ele vai passar por toda a equipe, todo mundo vai fazer a avaliação do paciente e aí a gente vai decidir se ele vai ficar ou não para a reabilitação, se ele tem indicação, se ele tem condições de fazer. Ele vai fazer toda essa avaliação com a equipe neste primeiro dia que ele chega. Depois a gente solicita alguns exames cardíacos, pulmonares, exames laboratoriais, aí o paciente retorna. Se ele está apto, ele começa a fazer a reabilitação que é toda segunda, quarta e sexta”, ressalta o médico.
Uma das avaliações realizadas é com a nutricionista. Daniele Botelho inicia verificando a altura e o peso do paciente. Depois realiza uma consulta para entender as principais dificuldades encontradas pelo paciente. A mais comum é dificuldade de mastigar o alimento devido a limitação na respiração. Quando o paciente vai iniciar a reabilitação, a nutricionista passa o plano alimentar, na grande parte das vezes, em busca de recuperar massa magra e fortalecer o paciente para os exercícios que serão executados.
“Aqui agora, até nesse nosso quadro atual de pacientes, a gente tem vários com baixo peso, que é o que nos chama atenção, porque eles de fato deixam de comer de forma adequada porque estão competindo com a respiração. Então tem várias estratégias, né, reduzir o volume da alimentação, não consumir carboidrato em excesso, usar o broncodilatador antes da refeição ou fazer o uso do oxigênio para aqueles que fazem já a oxigenoterapia. Então a gente vai adaptando justamente para melhorar o estado nutricional e aí eles conseguem se recuperar de forma assim mais integral” , explica.
Além de Luiz e Daniele, integram a equipe multiprofissional a enfermeira Bruna Miliolli, a psicóloga Suzel Ramos Candido, o profissional da Educação Física Antonio Carlos da Rosa Silva, a fonoaudióloga Miqueline Cedro, a pneumologista Jamile de Assis Vieira e os profissionais da fisioterapia, Priscila Soares de Souza e Fernando Milanez Dias.
Dois grupos de trabalho
Atualmente, o projeto conta com dois grupos, sendo um no início da tarde e outro na sequência todas as segundas, quartas e sextas-feiras. Durante as sessões, são realizados exercícios físicos na academia específicos para a necessidade de cada paciente. Posteriormente, é trabalhado o fortalecimento do pulmão com exercícios para a respiração. A ideia da equipe é iniciar um terceiro grupo devido a grande demanda.
“Hoje em dia, atendemos uma média de 30 pacientes que ficam na reabilitação. Mas temos toda a rotatividade. Tem paciente chegando sempre, atendemos uns seis pacientes novos por semana e sempre tem alguém ganhando alta. Então, temos essa rotatividade. Porém a média é essa de 28 a 30 pacientes por semana que passam aqui”, diz Luiz.
O tempo mínimo de reabilitação varia de cinco a seis semanas, quando o paciente passa novamente por toda a avaliação da equipe. “Se o paciente melhorou bastante, a gente vai reavaliar ele nessa sexta semana, vai passar por todos os profissionais novamente, ver tudo o que ele melhorou ou não melhorou. Se ele tiver condições de alta, damos a alta. Se o paciente não estiver melhor, ele fica mais seis semanas. Aí é isso, por pelo menos 12 semanas o paciente fica aqui”, conta o coordenador.
Apesar de no início o foco do programa ter sido os pacientes com sequelas da Covid-19, atualmente, a maior demanda são de pessoas que sofreram um infarto ou que tem enfisema pulmonar. “Hoje em dia a nossa demanda maior são os que têm enfisema, principalmente, e pacientes cardiopatas. Pacientes que infartam e que ficam com alguma sequela cardíaca. Esses são os nossos principais hoje em dia, mas nós temos todas as doenças cardiopulmonares possíveis. Asma, insuficiência cardíaca, fibrose, problema de valvo, algum problema valvar, a gente atende também. São todas patologias, mas o nosso foco principalmente são essas doenças”, analisa Luiz.
A Unesc e um novo momento
A ida do SERC para a estrutura de saúde da Unesc foi um grande ganho para o todo o trabalho desenvolvido pela equipe multiprofissional. Já que dentro das clínicas integradas a universidade possui diversos serviços que podem ser acessados pelos pacientes atendidos no programa. Muito mais que isso, é uma oportunidade dos acadêmicos das diversas áreas colocarem o aprendizado em prática.
“Às vezes a gente precisa de algum auxílio de uma outra área, aqui dentro tem. Então, a parte boa da universidade também é essa. Porque a gente consegue ter acesso a outras demandas que talvez não teríamos no serviço público. E também a questão de que tem alunos, têm residentes que aqui contribuem, além de podermos, na Unesc, fazer pesquisa. As pesquisas são mais fáceis de serem feitas e é importante para provar, para termos ciência do quanto é importante para os pacientes essa reabilitação”, exalta Luiz.
Além disso, mesmo após o término da reabilitação, os pacientes seguem na Unesc em outros programas oferecidos pela universidade comunitária. “Tem também um projeto aqui dentro da Unesc, que é o Vida Funcional, que acolhe os nossos pacientes pós-alta. Então, dá uma continuidade para o nosso tratamento. Porque muitos dos pacientes não conseguem, enfim, pagar uma academia ou fazer algo com supervisão. Como têm quadros graves, eles não podem fazer exercícios sozinhos. Então, no momento da alta, se for possível nós encaminhamos e aí eles continuam essa prática de atividade física e reabilitação cardiopulmonar aqui dentro da Unesc”, saliente Daniele.
Para a pró-reitora de Ensino da Unesc (Proen) da Unesc, Graziela Amboni, é gratificante para a universidade poder promover e levar esse atendimento à comunidade, com a parceria do Governo do Estado de Santa Catarina e Prefeitura de Criciúma.
“Não tenho dúvidas que esta iniciativa presta um trabalho de extrema qualidade e benefício à população, ao atender pacientes da Amrec; Amesc e Amurel. São experiências múltiplas e quem ganha não são somente os pacientes, mas também os profissionais e os acadêmicos que atuam na nossa Universidade”, ressalta.
A reabilitação, segundo ela, desempenha um papel crucial na recuperação de pessoas que enfrentaram problemas cardíacos ou pulmonares. “O nosso serviço de reabilitação consiste em recuperação e o fortalecimento Físico, a Redução de Riscos, o Controle dos Sintomas, o Apoio Psicológico, e o aumento da Adesão ao Tratamento a medidas que trabalhamos as questões educacionais para promover qualidade de vida, bem-estar e o controle de fatores de risco de doenças cardiopulmonares”, ressalta.
Mais um serviço que, para ela, reforça o papel comunitário da Unesc. “É um belo trabalho realizado por meio de uma equipe multiprofissional qualificada, composta por médicos, fisioterapeutas, profissional de educação física, nutricionista, psicóloga, enfermeira, assistente social e fonoaudióloga com resultados reflete a importância de uma Instituição comunitária que cumpre o seu papel social com excelência e responsabilidade”, analisa Graziela.
Veja algumas imagens de uma sessão:
Programa referência no Brasil
Já são três anos de trabalho da equipe multiprofissional na reabilitação cardiopulmonar e a cada dia se mostra mais necessária a realização desse serviço através do Sistema Único de Saúde (SUS). Algo que parecia improvável para muitos profissionais da saúde e que, atualmente, se prova indispensável para a saúde pública. Uma iniciativa pioneira que se espalha por todo o país.
“Os meus ex-chefes falavam: é muito difícil montar uma reabilitação cardiopulmonar no SUS, porque é muito caro, é muito complicado, não tem recursos. E pra nós, foi muito satisfatório conseguir provar que tem como fazer”, comenta. “Não tinha essa estrutura no SUS e foi provado que se pode ter. Outros municípios de outras regiões do país, todos, conseguiram pegar o nosso projeto como base e conseguiram até replicar da maneira que fazemos. Foi importante conseguirmos fazer com que as pessoas que têm menos condições consigam fazer um trabalho, uma reabilitação de excelência”, completa.
Mais do que um trabalho de excelência, o convívio entre os pacientes, a conversa em grupo, o contato semanal e quase diário com a equipe criam uma base sólida em busca da reabilitação. Um local onde as pessoas encontram umas nas outras a força para seguir na batalha pela recuperação.
“Para nós é satisfatório e cada vez está ampliando, cada vez estão melhorando as condições, as nossas maneiras de tratar o paciente. Então, está sendo excelente. Para os pacientes também está sendo bem bom. A gente vê como eles gostam, como eles gostam de ficar aqui, eles não querem ganhar alta. Então, para nós está sendo bem satisfatório, cada vez mais”, finaliza Dr Luiz.