A maior parte das pessoas tem o seu próprio caminho, mas talvez nunca o tenha escolhido de forma consciente. Minha provocação de hoje é para que possamos estar atentos e fazer escolhas atentas sobre “o caminho do meio”. Mas, afinal, o que é esse tal caminho?! Ele é parte da sua forma de reagir às situações, como você se comporta frente aos dilemas diários. Ele é a sua escolha que não represente nenhum extremo, nem o oito nem o oitenta.
E você deve estar se questionando de onde vem esse termo e o que o cunhou? Bem, infelizmente desconheço tal autoria, se é que exista, mas eu a ouvi em uma das minhas maravilhosas e dolorosas sessões de psicoterapia. Nela, minha psicóloga me questionou diante do relato exposto: qual seria o caminho do meio? E obviamente me calei e em raios de segundos me dei conta do comportamento extremado que eu apresentara naquele contexto. E como é difícil pensar sobre o caminho do meio…ele é aquilo que comumente você não faz com frequência, mas pode representar a possibilidade de mudanças. Coincidentemente, na mesma semana, durante uma escuta em uma das sessões de mentoria com meus clientes, um deles me disse que havia participado de um projeto de trabalho recentemente e que, após receber um feedback de que seu carisma era excessivo e que podia lhe gerar alguns julgamentos, ele foi para o caminho extremado da ponta e, durante toda a apresentação do projeto para clientes e Diretoria, ele se afastou e ficou excentricamente silencioso. Obviamente eu questionei como se sentiu e a resposta foi rápida: péssimo! É isso que acontece quando não avaliamos possibilidades, geralmente escolhemos os extremos, os exageros. O desafio no caso é: como respeitar minha essência, aprendendo a transitar de forma ainda desconhecida, mas flexível?
O grande desafio que enfrentamos diariamente é, sem dúvidas, sermos uma versão melhorada de nós mesmos, fazer downloads diários, excluindo aquilo que não serve mais e incorporando possibilidades que possam nos tornar seres humanos melhores. Sobre os caminhos extremistas, repare em você e nas pessoas ao redor, principalmente quando somos criticados, a resposta é impulsiva e possivelmente infantil. Como seria, a partir de agora, não responder de imediato as demandas e começar a construir caminhos do meio, alternativas desconhecidas, é como se você atualizasse seu Waze interno e criasse novas rotas, tão seguras e ágeis como as que você transitou até o momento. E então, preparado para o seu caminho do meio? Pense nisso!