Sexta-feira começa com greve dos servidores em Criciúma

Desde as primeiras horas desta sexta-feira, dia 26, os servidores municipais de Criciúma estão em greve, por tempo indeterminado. Os trabalhadores estão concentrados no Pátio de Máquinas da Prefeitura, na Rodovia Luiz Rosso. 

A paralisação é fruto de intensa batalha com o Governo de Criciúma para garantir o reajuste salarial, além das demais pautas trabalhistas envolvendo o plano de carreira. Os servidores buscam uma proposta de reajuste salarial maior do que os 4,36% oferecido pela Prefeitura.

De acordo com o  Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma e Região (Siserp), estão paralisados todos os funcionários do Pátio de Máquinas, Usina de Asfalto e todos das intendências da Quarta Linha, Rio Maina e Santa Luzia. Estão sendo abastecidos apenas os carros de saúde e emergência, para os serviços essenciais.

A Prefeitura informou que os serviços seguem sendo prestados e os servidores que não estão trabalhando terão o dia descontado em folha – como ocorreu nas últimas paralisações. Nas áreas da Saúde e da Educação os servidores estão parcialmente parados. Não há um levantamento de quantas escolas e postos de saúde estão sendo afetados pela paralisação. Demais repartições públicas municipais, seguem trabalhando normalmente.

Uma sessão extraordinária será realizada neste sábado, dia 26, na Câmara de Vereadores de Criciúma, para votação do novo projeto de reajuste salarial. O primeiro projeto enviado pela Prefeitura à Câmara com o reajuste de 4.36% foi rejeitado por unanimidade.  Tendo em vista que trazia diferentes reajustes, especialmente, para os professores. Agora, o novo projeto não terá distinção.

“No magistério nós temos legislação própria. Que é o piso mínimo do professor constitucional instituído e o plano de carreira que determina que um nível ganha mais que o outro. Eles estão enchendo no nível, não é verdade que está melhorando, eles estão tirando. Eles mexem no plano de carreira. Hoje quem ganha 20% a mais, possa ganhar 10% a mais do que o nível menor que o seu então. Eles mexem no plano de carreira, ou seja, eles tiram, por isso que diferencia o percentual”, explica a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Siserp) de Criciúma, Jucélia Vargas.

Desde o início das negociações a Prefeitura mantém a proposta de reajuste salarial dos servidores públicos de Criciúma em 4.36%, que seria a inflação deste ano. Porém, os servidores buscam um reajuste de 14.36% referentes a inflação de 2021 e 2022.

“O projeto diz que o reajuste é pelo INPC, mas o magistério reajusta pelo valor aluno no mês de janeiro. Então ele já autoriza uma lei inconstitucional. Para os demais servidores da mesma forma, que coloque o ano que vem é só a inflação, então quem ganha salário mínimo hoje e que no início do ano que veio o salário mínimo em janeiro, a crescer mais do que o percentual de abril. Esse servidor vai ficar abaixo do salário mínimo o ano inteiro, pois o salário dele vai crescer de uma forma que não alcance salário mínimo e isso autorizado pela Câmara”, ressalta Jucélia.

Confira abaixo vídeo da presidente do Siserp de Criciúma, Jucélia Vargas: