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Servidores anunciam paralisação em Criciúma; prefeitura ameaça descontar o dia de serviço

Como forma de protesto, os servidores vão 'trabalhar' em frente a Prefeitura Municipal

Os servidores públicos de Criciúma vão realizar uma paralisação em todas as atividades nesta quinta-feira, dia 11. Segundo o sindicato que representa a categoria, como forma de protesto, os profissionais vão trabalhar em frente à Prefeitura Municipal, a partir das 7 horas. A decisão da paralisação foi tomada na última terça-feira, dia 8, após uma assembleia realizada com os servidores, onde foi reprovada a proposta de reajuste salarial encaminhada pelo executivo. 

“Os trabalhos dos servidores serão feitos em frente ao Paço Municipal, por conta da proposta que o prefeito não nos encaminhou, mas protocolou na Câmara de Vereadores com quase nada para os servidores, que tem uma perda de 14,61 %. O governo oferta apenas 4,36 %. Ano passado o prefeito já optou por reajustar o salário dos comissionados por duas vezes. Esse ano continua colocando comissionados na prefeitura, enchendo de cargos comissionados e não valorizando os servidores.”, explica a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Siserp) de Criciúma, Jucélia Vargas.

Servidores durante sessão – Foto: Divulgação

 

Segundo o secretário da Fazenda de Criciúma, Vagner Espíndola Rodrigues, o Projeto de Lei sobre o reajuste foi encaminhado para a Câmara e aguarda aprovação para ser colocado em prática. “A paralisação é um ato espontâneo por parte do Sindicato. É um ato legítimo reivindicar. Mas terá um desconto por ficar paralisado por um dia. Estávamos negociando com o Sindicato, nos encontramos em duas oportunidades. Em um momento ouvimos eles e depois fizemos a proposta, que eles rejeitaram em mesa. A partir desse momento realizamos o Projeto de Lei. Se a Câmara aprovar, será pago o reajuste”, explica o secretário.

O protesto iniciará por volta das 7 horas e, segundo o Sindicato, deve atingir todos os setores públicos de Criciúma, como a educação e a saúde. A proposta inicial é que todos os serviços não são essenciais parem, mas que cada servidor decidirá aderir ou não a paralisação. “Definimos um dia de paralisação para conversar com a população, para conversar com o governo, para alertar que quem cuida das pessoas são os servidores. Não é o prefeito que troca a fralda dentro do gabinete, não é o prefeito que faz a comida para as crianças, não é o prefeito que ensina, não é o prefeito que aplica injeção, não é o prefeito faz consulta, é um servidor”, explica Jucélia, que convida a população para participar do movimento. 

“A gente clama para que a população, as mães que utilizam as escolas e as creches, se unam em um grupo de usuários do serviço público e lutem em prol dos servidores, que estão apenas pedindo a reposição da inflação. Amanhã é um dia de luta, pois a gente pode até não avançar no nosso direito, mas a gente não pode perder a nossa dignidade”, frisa.

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