Débito ou crédito?
No cotidiano, escutamos essa pergunta quando vamos ao mercado, lojas, livraria e em todo e qualquer estabelecimento nos quais se possa comprar algo. A pessoa que nos atende questiona como iremos pagar: é débito ou crédito? Você já deve ter vivido essa experiência em algum momento. E, quando somos questionados, pensamos rapidamente se temos saldo para fazer no débito ou se vamos projetar o pagamento para o futuro, com a expectativa de criar saldo, não é assim?! Pois bem, o meu convite de hoje não é sobre a sua vida financeira, mas sobre suas relações. Como assim? Isso mesmo, nossas relações funcionam da mesma forma, ou credita ou debita, e posso lhe provar como isso acontece em nossas relações.
Se você, em algum momento, já viveu um conflito com alguém muito importante para você e conseguiu superar, passou por cima da situação, você tinha saldo nessa relação, debitou um pouco de paciência, frustração, expectativa, mas sobrou elementos suficientes, por isso a relação continuou.
Agora em outras situações você viveu momentos de conflitos, diferenças e desafios, porém, sem êxito, porque a relação estava com a conta zerada, não havia saldo, logo, não suportou as turbulências e, consequentemente, terminou, serve para carreiras, amizades e relacionemos em geral.
Agora, a pergunta que fica é, como construímos o saldo das relações? É só você imaginar a construção de alguma relação que você já firmou com alguém e que perdura em sua vida. Possivelmente, você utilizou comunicação transparente, mesmo em conversas difíceis, se disponibilizou e se fez presente em momentos importantes do outro, estabeleceu conexão, confiança e amor. É assim que construímos saldo. Acrescento que aceitar as imperfeições de outro e as próprias faz com julguemos menos e sejamos mais empáticos.
É fato que não iremos dar conta e nem intencionalmente iremos construir saldo em toda e qualquer relação, algumas estaremos em débito e outras até mesmo negativados, estas dificilmente irão crescer e se tornam frágeis diante de alguns desafios e dilemas, logo se desfazem e, faz parte. Que tenhamos consciência do nosso papel de agente investidor daquelas que são as relações que precisam ser cuidadas e que, acima de tudo, são importantes e nos tornam pessoas e profissionais melhores. E aí, como está o saldo de suas atuais relações? Pense nisso!