Governo de SC antecipa como ficará a cobrança do valor fixo do ICMS nos combustíveis
Por determinação federal, combustíveis terão cobrança de valor fixo de ICMS em todo o Brasil / Fotos: Ricardo Wolffenbuttel / Secom
Como já foi divulgado, o Governo Federal, a partir da Lei Complementar Federal 192/2022, mudou a o cálculo do imposto, que passará a ter valor fixo por litro, no lugar da cobrança em percentual, estipulada por cada Estado. Diante disso, talvez com receio de reações negativas, o Governo de Santa Catarina decidiu antecipar a informação da mudança. Segundo justificativa, o que se pretende é evitar uma série de problemas legais, mediante a implementação da alíquota do ICMS, e que recai no diesel, biodiesel, GLP (gás de cozinha), gasolina e álcool anidro. O novo cálculo entra em vigor em 1º de maio para o diesel e o gás de cozinha e em 1º de junho para a gasolina e o álcool anidro. O governador Jorginho Mello deu sinais de preocupação. Afirmou que é preciso deixar claro que os Estados não têm alternativa nesse caso, que não se trata de decisão do Governo de Santa Catarina. Porém, também não mostrou nenhuma contrariedade. A mudança do cálculo do ICMS nos combustíveis irá significar um reforço generoso no caixa dos estados. Bom também para os interesses da esfera federal. Para se ter ideia, o ICMS da gasolina, a partir de 1º de junho, fixado em R$ 1,22 por litro, irá propiciar, em Santa Catarina, R$ 0,27 de aumento de imposto por litro – hoje o ICMS da gasolina está fixado em 17%, o que representa R$ 0,95 em imposto no litro da gasolina. Com a implantação do valor fixo, não haverá mais a incidência desta alíquota. Ratificado o acordo entre os Estados, o litro da gasolina passará dos atuais R$ 5,64 para R$ 5,91 em SC.
Novo regime é menos complexo
Ainda seguindo as explicações da área fazendária do Governo de SC, o novo regime simplifica o modelo tributário atual, considerando mais complexo e que dá margem à insegurança jurídica. A cobrança em um único elo da cadeia produtiva, de forma definitiva, reduz a possibilidade de sonegação e facilita a fiscalização. Atualmente, cada Estado pratica uma cobrança diferente e o ICMS incide sobre o produtor/importador, distribuidor e posto revendedor. Com a mudança, os combustíveis terão alíquotas uniformes em todo o território nacional e serão tributados uma única vez pelo ICMS, por isso a definição de “monofásico”. O recolhimento do ICMS ocorre na refinaria e não há incidência de ICMS na distribuidora ou mesmo nos postos. Mesmo sem apontar cálculos, a Secretaria da Fazenda se limitou a dizer que o Estado vem perdendo cerca de R$ 300 milhões mensais desde a implementação da Lei Complementar 194/2022, também do Governo Federal, em julho do ano passado. Por fim, o que vem pela frente, onera o consumidor, e facilita a vida dos governos, sem pensar no aumento de custos em todo o resto da cadeia produtiva.
Gestão pública foi tema encontro estadual de vereadoras
Mais de 100 vereadoras de Santa Catarina estiveram em Florianópolis nesta semana durante o 6º encontro de mulheres parlamentares municipais. Uma das principais palestras foi da deputada estadual Paulinha, que destacou os aprendizados que teve na gestão pública desde a eleição para vereadora em Bombinhas até o Legislativo Estadual, e a importância de incentivar as mulheres a participar da política. Com o tema “Desafios e Oportunidades da Mulher na Política”, o encontro teve como objetivo capacitar gestoras públicas e debater políticas públicas para fortalecer as mulheres na política. Numa outra oportunidade, a deputada Paulinha foi a anfitriã na Alesc, em reunião com parlamentares de Luxemburgo. O encontro foi na sexta-feira (31). A deputada propôs um acordo de cooperação bilateral de Santa Catarina com Luxemburgo. O objetivo é construir uma aproximação com interesses culturais e econômicos entre os entes. A comitiva está em Santa Catarina para um encontro que será realizado em Florianópolis neste sábado (1º), com brasileiros que têm cidadania luxemburguesa.
Municípios buscam a implantação de escolas-cívico militares
Atualmente funcionam mais de 200 escolas cívico-militares no país, atendendo mais de 120 mil alunos, e outros 350 municípios estão na lista de espera para ganhar uma unidade escolar nesse modelo. Em Santa Catarina, são nove escolas implantadas com a supervisão da Secretaria de Estado da Educação. Alguns parlamentares defendem a estadualização deste modelo de gestão de escola. Porém, independente disso, há municípios que estão discutindo a possibilidade da instalação de uma escola cívico-militar. É o caso de Mafra, no Planalto Norte catarinense. O assunto foi tema de audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa, na quinta-feira (31), no auditório do Sicoob Credinorte, em Mafra. O debate foi promovido pela Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Alesc e foi presidido pelo deputado Marcos da Rosa (União), que coordena a Frente Parlamentar de Apoio às Escolas Cívico-Militares. “A proposta da escola cívico-militar é uma resposta ao cenário atual da educação no nosso país, que registra alto índice de evasão escolar e de agressões físicas, verbais e patrimoniais”, explicou Rosa. A Câmara de Vereadores de Mafra abraçou a causa.