Reduzir a dependência do milho em Santa Catarina é um dos objetivos do Programa Terra Boa, que em sua nova edição chega mais robusto com a promessa de ter o maior volume de recursos da sua história. O lançamento foi feito em Pinhalzinho, pelo governador Jorginho Mello, ontem, na abertura da Itaipu Rural Show. O Governo do Estado investirá R$ 114,7 milhões para aumentar a produtividade nas lavouras e a diversificação de culturas. O setor produtivo de carnes é o carro chefe das exportações catarinenses. A produção de qualidade é a marca registrada de Santa Catarina no mercado internacional, sendo o oeste reconhecido por ser a região que mais transforma proteína vegetal em proteína animal. Mas, SC tem um déficit anual que ultrapassa os 5 milhões de toneladas de grãos, que são importados do Mato Grosso e do Paraguai e suprir essa demanda, não é tarefa fácil. A importação do milho gera um custo de cerca de R$ 7 bilhões por ano. O setor produtivo anseia, há muito tempo, por uma solução para que essa conta possa fechar.
Um dos maiores objetivos do Programa é incentivar a produção de milho em Santa Catarina para abastecer as cadeias produtivas de carnes e leite. Por meio do programa, o agricultor poderá acessar sementes de milho de alto valor genético, o que gera um rendimento maior por hectare plantado. Cada produtor pode receber até cinco sacos de semente e devolverá em equivalente de sacos de milho no próximo ano, com o produto da colheita. A variedade da semente e o nível tecnológico definem a proporção de troca. É mais uma alternativa para solucionar o déficit do milho em Santa Catarina.
O Terra Boa, que já existe há 30 anos, também incentivará programas de calcário, kit forrageiras, kit apicultura, solo saudável e incentivo a cereais de inverno para produção de ração e contará com a parceria da Fecoagro. O convênio foi assinado, ontem, com secretaria da Agricultura para dar o start aos programas ainda este ano.
Menos emissões dos gases de efeito estufa
Foi pulicado pela Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural a Portaria SAR 14/2023, que institui o Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC+SC). Considerado o primeiro passo para tornar Santa Catarina uma potência agroambiental, o plano tem metas altas. O objetivo é ter uma agropecuária eficiente, competitiva e sustentável, para isso a SAR quer lançar um grande Plano para consolidar o agronegócio catarinense no cenário mundial, assumindo o compromisso de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), além da adaptação às mudanças climáticas para a próxima década. O projeto pretende gerar um potencial de mitigação de emissões de GEE de 86,78 milhões de toneladas de carbono – o que equivale a um investimento de US$ 4 bilhões até 2030.
Inovação aberta
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) firmaram parceria para o desenvolvimento de projetos de inovação aberta. Por meio do LinkLab, o MPSC receberá de startups, pesquisadores e pequenas empresas ideias de soluções para dois desafios do órgão e sociais. Inscrições vão até 28 de fevereiro. Serão selecionadas as startups, solicitando que façam uma apresentação, presencial ou remota, da solução sugerida, bem como um alinhamento do escopo do projeto. Ao fim dos 18 meses do programa, o MPSC escolherá a proposta mais adequada com os objetivos iniciais e poderá contratar a empresa/solução vencedora.
Nova eleição
A nova eleição para prefeito e vice de Xavantina será no dia 7 de maio. A data foi aprovada pelos juízes do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), em sessão plenária. Os então candidatos eleitos prefeito e vice, Ari Parisoto e Ariel Malacarne, tiveram os diplomas cassados pela prática de compra de votos (artigo 41-A da Lei nº 9.504/97), nas eleições municipais de 2020. Ambos foram condenados em primeiro e segundo graus pela Justiça Eleitoral. O caso foi julgado pelo Pleno do TRE-SC em 24 de novembro do ano passado. As instruções para a realização da nova eleição ainda deverão ser aprovadas pelo Colegiado.
Fundação Celesc
A Fundação Celesc fez seu balanço anual e entre os números de destaque em 2022 estão os R$ 350 milhões pagos aos assistidos e pensionistas e os mais de 80 mil atendimentos realizados. De acordo com o diretor de seguridade, Paulo César da Silveira, só no ano passado foram cerca de 50 mil na área de saúde e odontológica, além dos atendimentos de outras atividades, via canais de comunicação, que somaram mais de 30 mil. Outro ponto positivo é a carteira de investimentos da entidade que hoje está adequada à sua natureza previdenciária, com investimentos de baixo risco, que permitem passar por períodos de instabilidade com mais segurança.
Diversidade
Signatária do Fórum de Empresas e Direitos LGBTQIA+, a Irani, uma das principais indústrias de papel e embalagens sustentáveis do Brasil, tem a valorização do grupo e o aumento da presença entre os colaboradores como compromissos ESG estabelecidos como prioridade até 2030. Para avançar nessa meta, desde junho de 2022, a empresa conta com um Banco de Talentos específico para LGBTQIA+, por meio do qual já realizou sete contratações, de acordo com perfil dos candidatos e vagas abertas. Antes do lançamento da plataforma, em 2019, o percentual de colaboradores declarados LGBTQIA+ era 3,8%, em 2022 este índice alcançou 6.4%, um aumento de 68%.
Jornalista: Mônica Foltran, com colaboração de Cláudia Carpes
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