Jorginho Mello e MDB ainda sem acordo ao “preço” da harmonia e da governabilidade
Presidente Moacir Sopelsa na foto, ao lado do governador, está deixando o cargo e a Alesc. Mas ainda tem poder moderador dentro do MDB. (Foto: Bruno Collaço / Agência AL)
Não há como negar e nem desviar o assunto. O que mais se comenta nos bastidores da política catarinense são as conversações entre o MDB e o governador Jorginho Mello, visando a dita governabilidade e a harmonia entre os poderes. Em outras palavras um jogo de interesses que envolve diretamente o futuro presidente da Assembleia Legislativa. Jorginho sabe que, para ter um governo fortalecido, precisa estar muito bem alinhado com a Casa. Do outro lado, está a segunda maior bancada, a do MDB, com seis deputados, e muito bem sintonizada com os demais núcleos partidários, teoricamente, de oposição ao Governo, com exceção ao PP e ao PL. Em resumo, o MDB não descarta e nem desconjura a possibilidade de atrelamento com o Executivo, através da presença em pastas importantes. Portanto, as conversas tidas na última quinta-feira, 12, entre eles, tiveram sim alto grau de importância, mas não conclusivas. O MDB mantém posição na briga pela Presidência da Alesc. Ou seja, quer poder duplo: estar no governo e ditar as regras no Parlamento. Para um partido que foi oposição durante a campanha, sinaliza uma sede de poder acima do alcance. Mas, se conseguir, poderá ter Jorginho Mello sob domínio completo. É o “preço da harmonia”.