Presidenciáveis: enfrentamentos pesados durante o último debate
O debate entre os presidenciáveis na Rede Globo, na noite desta quinta-feira, dia 29, pareceu mais uma arena de gladiadores. Foi assim, especialmente no primeiro bloco, quando Ciro Gomes (PDT), questionou Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pedetista, por ter convivido diretamente num dos governos de Lula, tinha, nos argumentos, números e fatos. Mais do que esperado também o confronto entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula. Aliás, rendeu inúmeros pedidos de respostas. Até mesmo o episódio da morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em 2002, entrou em questão. O fato veio à tona em razão da vice de Simone Tebet (MDB), Mara Gabrilli ter promovido acusações contra Lula, esta semana, como sendo o mandante do crime. Lula, um ex-presidiário, e agora livrado das condenações, pagou o preço pelo passado marcado pela corrupção, em seu governo, embora tenha tentado se passar por vítima.
Bolsonaro tira proveito do tempo e do espaço
O presidente e candidato à reeleição, claramente, tirou proveito do tempo e do espaço para falar tudo o que sempre quis na Globo, até mesmo sobre o corte de verbas à própria emissora. Enfim, um debate em que participaram apenas os candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional, e que contam com no mínimo cinco parlamentares. Um último momento para que o eleitor pudesse avaliar um a um. Por fim, embora após um começo tenso, em que verdades e mentiras surgiram de toda a ordem, a sequência dele foi mais propositiva. De certa forma não fugiu do que eu esperava. Longe do trivial, ajudou o telespectador a ficar acordado até mais tarde.
Carlos Moisés esteve em Lages na noite desta quinta (29)
O governador licenciado e candidato à reeleição, Carlos Moisés (Republicanos), concedeu uma entrevista em uma emissora de rádio, no final da tarde desta quinta-feira (29). Foi, no meu entender, o melhor momento da passagem por Lages, pois, teve a chance de ampliar o discurso. Depois, se dirigiu à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), onde, no auditório, simpatizantes estavam no aguardo. Chegou acompanhado da esposa Kesia e do candidato ao Senado, Celso Maldaner (MDB). No espaço e horário ele participou do mesmo ritual dispensado aos demais candidatos, oferecido pelas classes empresariais ligadas ao Fórum de Entidades, a ACIL e a CDL. Também foi contemplado com o documento “Voz Única”, contendo as principais demandas regionais. No ar, entre quem acompanha a jornada de Moisés à reeleição, o sentimento de que na Serra ele não exerceu um protagonismo que realmente chamasse atenção da comunidade local. Havia sempre a impressão de que a sombra do ex-governador, Raimundo Colombo, lageano, estava entre suas decisões e atos. Talvez, por esta razão, a vinda dele à Lages nesta reta final, tenha sido programada. Porém, Moisés não mediu nas ruas o grau de aceitação. Minha análise é de que paira sobre ele o risco de não conseguir chegar ao segundo turno.